terça-feira, agosto 16, 2005
O SONETO, de Armando Silva Carvalho
Saloios
Litografia sobre papel
Jorge Barradas (1894 - 1971)
Fogem como crianças nessa idade
em que as pesadas cãs não atraiçoam
a ver os rios que nascem na cidade
e as pombas de metal que a sobrevoam.
Nas curvas do caminho onde uma nora
fornece o combustível dos patrões
e a sua paciência se demora
a cultivar galinhas e melões
deixam cair os sacos de riscado
onde o pão seca e a fruta apodreceu
e deitam fora o pau que toca o gado.
Colam a cara aos vidros de um museu
que corre para trás desamparado
e catam uma saudade que nasceu.
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1 comentário:
Recoradações de outros tempos. Qum não as têm?
Um blog a visitar pela qualidade dos post's.
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