quarta-feira, junho 29, 2005

TUDO ISTO É FADO

Na sequência do meu último post e a propósito do comentário da fadista Valéria Mendez que refere ter ainda sido acompanhada pelo Martinho d'Assunção, numa noite para esquecer (já li o Post), fui procurar, nalguns livros que tenho sobre fado, a informação do ano da morte do Prof. Martinho, uma vez que, embora eu tivesse a ideia que teria sido nos finais da década de oitenta, início da década de noventa, não sabia exactamente qual o ano.
E assim é que, no livro Histórias do Fado (1999), Ed. Ediclube, de Maria Guinot, Ruben de Carvalho e José Manuel Osório, encontrei, a pgs. 366, a informação de que o violista e compositor em apreço nasceu em Lisboa em 1914 e morreu em 1992, na mesma cidade. Por curiosidade, continuei a ler o apontamento biográfico e, mesmo a terminar, leio esta coisa extraordinária: "Foi casado com a cantadeira Berta Cardoso." Extraordinária afirmação esta, não porque não pudesse ser verdade ou fosse facto fora do normal, mas porque produzida por responsáveis que deveriam ter por objectivo principal informar correctamente ; de facto, Berta Cardoso nunca foi casada, embora tivesse sido mãe. Os autores, que, de resto, tiveram acesso aos Arquivos da Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa, onde se encontra o espólio de Berta Cardoso, bem podiam tê-lo consultado a fim de fazerem um trabalho sério e rigoroso. Mas não, não ficou por aqui o disparate. No mesmo Capítulo, o V - Vidas, pode ler-se também, a pgs. 292 e 295, uma breve biografia de Berta Cardoso, podendo registar-se as seguintes incorrecções:
"Nasceu em 1913 e faleceu em 1994"; não, meus senhores, nasceu em 1911 e faleceu em 1997.
"...deu voz a vária criações que ficaram famosas, referindo-se entre elas...Saudade Vai-te Embora e Eu Quero Amar Perdidamente"; não, meus senhores, embora sendo muito verdade que Berta Cardoso tenha dado voz a várias criações que ficaram famosas, não foi a criadora destas duas, das que se indicam; o seu a seu dono!
E, finalmente, para acabar em grande, sabendo nós, como já sabemos, que Berta Cardoso não foi casada com Martinho d'Assunção, nem sequer nunca viveu maritalmente com o violista, dar-nos-ia uma imensa vontade de rir o último parágrafo desta biografia, que a seguir transcrevo, se, efectivamente, esta coisa de escrever acerca da vida dos outros não fosse assunto sério e nos não merecesse todo o respeito. Ora leiam lá:
"Casada durante vários anos com o violista Martinho d'Assunção, a sua qualidade interpretativa reflecte favoravelmente o convívio e trabalho frequente com o que foi um dos mais influentes músicos do Fado, nomeadamente da desenvoltura e perfeita dicção que a cantora aplicava a estruturas métricas complicadas como Fados Triplicados, de rimas obrigatórias."
Esta é que é mesmo de mestre!... Mas agora pergunto eu - o que terá a ver a qualidade interpretativa da intérprete com o facto de ter estado, que não esteve, casada com o músico? Será que, estando-se casada com um músico, por osmose, se canta melhor? Haverá algum tratado científico, acerca desta matéria, que eu desconheça? Será que o Carlos do Carmo, que também tem uma "desenvoltura e perfeita dicção", terá estado também casado com o professor ou terá sido antes com a Berta Cardoso ?
Ora se fossem aprender primeiro para ensinar depois!.............

terça-feira, junho 28, 2005

CINCO MAGNÍFICOS


Grupo Artístico de Fados Posted by Hello
Em tournée pelo Continente Portuguez e Ultramar(1933)

Da esquerda para a direita:
as cantadeiras MADALENA DE MELO e BERTA CARDOSO
os guitarristas JOÃO DA MATA e ARMANDINHO e o viola
MARTINHO D'ASSUNÇÃO

segunda-feira, junho 27, 2005

ÁGUA POTÁVEL


Distribuição da água na Terra Posted by Hello

Não será demais lembrar esta questão fundamental à sobrevivência da(s) espécie(s) - a manutenção, no Planeta, de água potável para todos e a optimização da gestão da quantidade disponível. Esta é uma preocupação que me acompanha há vários anos e faz parte, por assim dizer, das minhas preocupações de estimação... Não me tenho apercebido, no entanto, de qualquer estratégia que, nos últimos anos, tenha sido delineada e posta em prática por qualquer dos sucessivos governos para obstar a que, pelo menos em anos de seca severa, como é o caso presente, a falta de água não provoque todos os prejuízos que tem vindo a provocar e a que temos assistido. Parece até que tudo se tem vindo a agravar, nomeadamente com a extinção de enorme parte das zonas verdes do nosso território que fogos sucessivos têm destruído .
Provavelmente nada disto é problemático e sou eu que dou importância ao que não tem importância absolutamente nenhuma... Efectivamente, olhando em redor, não observo qualquer comportamento identificativo de uma população preocupada com a economia desse bem essencial que é a água - as piscinas estão cheias, os campos de golfe regados, há incontáveis perdas de água provocadas por roturas e outras deficiências de material às quais ninguém liga e os consumos domésticos evidenciam um completo desprezo pela poupança do bem que há-de ser o mais precioso deste século... Um dia destes vamos todos ficar muito surpreendidos quando as torneiras deixarem de deitar água. - Olha agora só nos faltava mais esta!.... E é que nem vale a pena irmos até à praia mais perto porque, como se sabe, a água do mar não serve para matar a sede e, portanto, podemos morrer de sede mesmo ali à beira água... Os grandes rios que crescem de Espanha para o nosso Oceano ficam mais diminutos, mal entram em Portugal e podem mesmo perder o caudal por terras espanholas... Se ao menos esses rios nascessem do Oceano ou de umas quaisquer dunas ao longo da nossa costa e se dirigissem depois em direcção a Espanha!!!!!!!!!!!
Acho que muitos dos mais novos (e se calhar também menos novos) estão convencidos que a água vem dos garrafões e garrafas do supermercado e/ou da torneira e fontanários mais à mão e que deles a água brota por milagre, como de resto aconteceu tão recentemente...E eu, que nestas alturas fico bem mais crente, peço fervorosamente a Deus e à Virgem Santíssima que repitam o milagre em todos os fontanários disponíveis, não esqueçam as fontes, os rios e já agora, nem as torneiras... Pode ser que, assim, passemos ainda um Verão bem fresquinho! ... E para que a felicidade fosse completa e pudessemos enfim arrostar com 40º/45º à sombra nesta cidade de cimento, pedia ainda que plantassem uma quantidade considerável de sombras por aí fora, por exemplo nos sítios donde as luminárias municipais mandaram retirar as árvores, sabe-se lá porque douta razão!...............
Com milagres assim, há lá motivo para andar eu preocupada! É mesmo vontade de arranjar problemas onde eles não existem!...............

LENA

São poemas como este, a seguir transcrito, que fazem parte da herança de quando o Fado era Fado...
Da autoria de João Linhares Barbosa, para o repertório de Berta Cardoso

Lena

Todos conhecem a Lena,
Mas talvez que valha a pena
Sua história recordar:
-A Lena não era assim,
Tinha uns lábios de carmim,
Levava o dia a cantar.

Mas o «Necas Marinheiro»,
Rapaz guapo e brejeiro,
Que de amor lhe dera prova,
Roubara-lhe essa miragem
Porque não veio da viagem
Que fez lá p'ra Terra Nova.

Pobre Lena! Debruçada
Na sua água-furtada,
Que é virada aos oceanos,
Diz-se que morre de amor
À espera do pescador
Que partiu há muitos anos.

Mas o lugre «Boa Sorte»
Não voltará mais do Norte,
Perdeu-se no mar sem fim...
É uma história bem pequena,
Mas tenham pena da Lena,
Que a Lena não era assim...

(1937)

sábado, junho 25, 2005


Da esquerda para a direita: J. Linhares Barbosa, Berta Cardoso e Alfredo Marceneiro Posted by Hello

sexta-feira, junho 24, 2005

terça-feira, junho 21, 2005

O SAPO


O SAPO Posted by Hello

Não será bonito, pois não Mas que hei-de fazer Hoje o que eu gostava era de ser sapo Assim um sapo de molho todo lampeiro à espera da princesa do beijo da princesa que me transformaria outra vez num belo principe tipo sei lá não D. Duarte nem pensar mas assim mais como o filho mais velho do Carlos estão a ver o borracho o sucesso a princesa toda satisfeita
Entretanto como está um calor qu'até assa canas ao sol ali estava eu no charco todo porreiro num charco de verdade não neste charco em que me encontro agora mas sem água só lama e não da curativa em suma 'tá-se mal
Também pensei que seria uma seca se a princesa demorasse ou não viesse mesmo ou se o feitiço fosse mal feito e o beijo não resultasse não o desfizesse e fiquei um bocado assustada Às vezes há disparate quando as personagens saltam do mundo dos livros para este mundo e também vice versa Sei lá se iria curtir ser o sapo enfeitiçado dessa princesa
Se calhar o que me apetecia de verdade era estar de molho numa piscina com prancha de saltos muito sossegada a um canto a observar os splashs de entrada na água em parafuso dos fantásticos jogadores de football transformados em campeões olímpicos de salto e segredar ao mordomo transformado em sapo pela bruxa má que entretanto por ali passara Ambrósio apetece-me algo...
Olha que é verdade quando penso nisso até os pelos se põe em pé
Vantagens de por enquanto não ser sapo

CHOQUE TECNOLÓGICO

Será que já começaram a dar o Choque Tecnológico ou perdi alguma coisa? Ainda não dei por nada mas também é verdade que a electricidade está muito cara para se estar agora a gastar uma porrada de érios a dar choques que ainda para mais podiam não dar resultado absolutamente nenhum Dantes davam mais era choques eléctricos ouvi dizer para tratarem doentes mentais e assim e também ainda dão alguns na América com um gajo sentado já se vê e esses às vezes até acabam com a pessoa porque são muito fortes ou então são eles que não sabem regular a corrente esta matéria ainda não aprofundei mas vou esclarecer-me e depois conto melhor Será destes choques que nos querem dar A mim não que não sou FP Acho que o nosso primeiro se referia mais era aos FP que são uns ignorantes e atrasados tecnologicamente Muitos deles ainda só escrevem a lápis Nem lhes passa pela cabeça o que é um teclado se se fala disco rígido acham que os estamos a insultar e então experimentem falar pesquisa boleana... Era bom que começassem já com o Programa do Choque mas seria bom inscreverem também a classe política e obrigá-los mesmo a ir às aulas e no fim a fazer exame Afinal também são FP ou estarei a fazer confusão

domingo, junho 19, 2005

O ÓDIO E A TOLERÂNCIA

Tenho andado por aí a espreitar outros blogs e acho que podemos concluir que somos um país de escritores...é verdade há gente a escrever muito bem e o que é mais difícil mesmo acerca de nada... Uma grande maioria dos poucos que conheço neste universo bloguista escreve sobre o seu dia a dia o quotidiano doméstico e pouco mais e exceptuando um ou outro mais provocador dá a sensação que ninguém está disposto a escrever mais do que o politicamente correcto. Tudo muito cool 'tá-se bem e 'tá-se nas tintas 'tá-se agora a chatear p'ra quê? não se resolve nada com isso a não ser uma carrada de nervos e para isso já basta a vidinha de cada um desde que amanhece até que adormece e mesmo assim às vezes é difícil como o caraças ter descanso Ainda noutro dia na TV se queixava uma residente da zona mais ribeirinha da cidade do barulho toda a noite que não a deixava dormir desde que montaram uma enorme tenda que dá música para todos e por isso tem que ser mesmo muito altíssima e a finória pouco tolerante e mal agradecida ainda se queixa por lhe darem música Claro que os restantes residentes imbuídos também deste sentimento de intolerância estão já a combinar apresentar queixa daqueles vândalos que lhes entram pela casa a desoras e sem pedir licença Há gente que não merece ter o país que tem Outro caso é o ainda tão badalado arrastão que embora não tenha sido muito bem explicado pelos vistos parece que os larápios eram todos pretos e os que estavam a bronzear-se eram todos brancos e por isso uma responsável política e muito bem chamou xenófobo a outro responsável político que defendia que se deveria tratar destes problemas de insegurança mas quando os assaltantes não são brancos e portugueses o melhor é estar calado se não já sabes és xenófobo Se a fulana estivesse na praia naquela altura se calhar já via o problema por outro prisma Mas todos nós que não somos racistas nem xenófobos nem da extrema direita nem da extrema esquerda nem da PQOP sentimos é verdade um clima de INSEGURANÇA de dia de noite de madrugada em casa no escritório no combóio na praia no campo e etc etc qu' é do caraças ou não é ASSALTOS VIOLAÇÕES FOGOS ASSASSÍNIOS parece que anda o diabo à solta Dantes não era tanto assim Se calhar havia mais tolerância e sou eu que sou intolerante e estou para aqui a empolar factos que não têm importância O país meio ardido mais de metade por fogo posto que importância tem? Uns polícias abatidos umas idosas violentadas e roubadas umas crianças abusadas algumas assassinadas muitos com fome e muita miséria envergonhada que ainda a há tudo isto e muito mais tem alguma importância Não o ódio meus amigos nasce do nada é de geração espontânea nada o provoca é próprio do homem que como dizia o outro é em essência mau embora não nos possamos esquecer que outro houve que advogava que não havia maus rapazes Em que ficamos Não nos atirem com areia para os olhos é deselegante e dói à brava Acho que ninguém está contra pretos ou amarelos ou outros mas sim contra TODOS os que não cumprem as regras de convivência em sociedade E ATENTAM CONTRA AS LIBERDADES DOS OUTROS o mundo é de todos as fronteiras não impedem que cada um de nós seja cidadão de um país mas também do mundo O que nos atrapalha não são as extremas direita ou esquerda ou os centros ou a cor de cada um nem a língua que fala nem mesmo o que pensa ou ama O que verdadeiramente nos atrapalha é a falta de RESPEITO por si próprio e pelo outro uma coisa tão simples que todos os dias esquecemos ou camuflamos ... Bem Hajam!

Eco do Funchal - MAR. 1947 Posted by Hello

Mais um documento para a História do Fado...
Anúncio da estreia de dois grandes artistas: Berta Cardoso e Morgado Maurício
no Cine-Jardim - Funchal - Madeira

sexta-feira, junho 17, 2005

"Todos os fados de A a Z" - Revista Visão


"Todos os Fados de A a Z" (Random Art) Posted by Hello

Com a revista Visão, saiu ontem mais um nº , o 7, da obra em epígrafe. Como gosto muito de fado, faço questão de acompanhar, tanto quanto me é possível, tudo o que se publica sobre o assunto. Mas já não sei se faço bem ou mal... o que sei é que, cada vez, fico mais desmoralizada...
A semana passada, foi o que foi... eu diria que é mesmo abaixo da crítica publicar-se aquele registo da Cruz de Guerra, que nem dá para ouvir ( parece que corre em 4o rpm não mais), e ainda, de um modo cínico referir-se, acerca das várias versões que terão existido desse tema, mas que não temos oportunidade de ouvir, que "A inspiração de Berta Cardoso terá sido variada e o resultado é uma delícia"... Qual resultado? Qual delícia? Será o resultado que resultou no registo apresentado e o único que nos é dado a ouvir??!!...
É bom não esquecer que a Cruz de Guerra esteve durante vários anos nos top; há mesmo quem tenha trabalhado na Emissora Nacional e testemunhe que, de tanto se por a tocar os disco que continham aquele tema, havia necessidade de os substituir amiúde... Será que o registo, agora apresentado, foi transposto dum desses exemplares, já gasto e em muito mau estado ????? Não havia necessidade, ó Osório! Mais lhe valia estar quieto... salvava a sua reputação e a dos seus colaboradores e a Berta Cardoso nem perdia nada com isso; só ganhava!
Relativamente ao volume desta semana, foi com pesar que, mais uma vez, verifiquei algumas incorrecções, que passo a referir:
- respeita a 1ª à Margarida Bessa (tb. conhecida por Margarina), e da qual se regista agora, nos Dados Biográficos, o nome de Maria Margarida Pires Martins, mas de quem, no vol. 4, consta o nome mais extenso de Maria Margarida Pires Martins de Paula Bessa; a que, neste vol., se indica como tendo nascido em 1954, quando, no vol. 4, se indicava o ano de 1955. Embora a foto seja da mesma pessoa, em ambos os volumes, será que é mesmo a mesmíssima Margarida?...
- a pgs. 15, aparece a foto da capa da obra "A History of the Portuguese Fado" (livro e CD), de Paul Vernon. Será uma boa referência? Rod Stradling, após uma longa e acérrima crítica, termina assim a sua apreciação da obra: "I've read one great book about music (Bernard Lortat--Jacob's Sardinian Chronicles, ISBN 0-226-49340-5, which also contains a wonderful CD), several good ones (including Georgina Boyes' The Imagined Village, ISBN 0-7190-2914-7), and a number of poor ones. I fear that A History of the Portuguese Fado falls into the latter category. It costs £39.50. (sublinhado nosso)
- a pgs. 22 deparamo-nos com mais umas incorrecções a nível dos Dados Biográficos, desta vez os da fadista Mariana Silva, cujo nome completo é: Mariana da Silva de Almeida e não Maria Silva de Almeida, como ali consta; a data de nascimento também não é a indicada: 1931, mas sim 1933 e também não é natural do Páteo das Águias - Rua Barão de Sabrosa - Freguesia do Alto do Pina - Lisboa, mas sim da Freguesia de Stª Engrácia, ex Monte Pedral, Lisboa, e nem se estreou no Páteo Andaluz, mas sim no Monumental, na R. Carvalho Araújo...
Desta, pode dizer-se que não acertaram uma!
E depois disto, vem o José Nuno Martins, no Correio do Leitor, da Visão, exaltar o esforço, a persistência e o rigor de José M. Osório... (o RIGOR ???????), verificar "que estava diante de um trabalho de compilação verdadeiramente fora do comum" (eu também acho, mas provavelmente por outras razões...), afirmar que "recupera uma autêntica diversidade de verdadeiras pérolas do universo do fado.... ao nível dos registos,..." (eu também acho e dou até como exemplo A Cruz de Guerra, da Berta Cardoso, cujo registo é uma verdadeira pérola, pois é...), e reconhecer J.M.Osório, porventura o mais sábio dos conhecedores do fado (com o que eu também não posso deixar de concordar, basta ver os exemplos dados, mas também acho injusto não referir os igualmente sábios: Daniel Gouveia, a Directora do Museu do Fado, Sara Pereira, o Rui V. Nery, a quem se deve a obra Para Uma História do Fado, para já não falar doutros, igualmente sábios, mas que não cabe aqui referir....).
Sempre valerá a pena lembrar que este texto, de José Nuno Martins, não é o texto de um qualquer leitor. J. N. Martins é um antigo e conceituado profissional de Rádio, especializado na área musical e responsável por programas de referência nessa área. Contudo, e muito embora o Fado se situe também nesse domínio, não é nem nunca foi a especialidade de J.N.Martins que, de resto, começa logo por admitir que se interessou "de modo meio desprendido" pela colecção em apreço e que "finalmente" arranjou "tempo e curiosidade para, um tanto displicentemente, «pegar no assunto»", o que, dito por outras palavras, significa que um dia lá teve pachorra para ouvir uns faditos que é um género musical que, de todo em todo , lhe não agrada, pudera, os intelectuais gostam doutras músicas e cantares, não é????!!!!!
Pronto. Se houver quem me leia, ainda bem; as correcções aqui ficam feitas e agora vou pensar seriamente se hei-de ou não pedir à Visão que me reembolse dos dinheiros gastos nestes documentos que, afinal, servem mal os fins propostos - INFORMAR.

quinta-feira, junho 16, 2005


Esta é a capa da revista Posted by Hello
Pelos vistos, quanto a qualidade de vida, o
Zé mantém a opinião....

No que se refere ao ensino, em "A Gazeta do Pão", parte integrante da revista, anunciavam-se os novos programas do 12º ano, os quais, pelos bons resultados alcançados, vale a pena lembrar...
"Após o êxito estrondoso do Ano Propedêutico e desse verdadeiro «ovo de Colombo» que foi a criação do Ano Vestibular ou 12º ano, aguarda-se para 1982, a aprovação dos novos programas de ensino para os estudantes que pretendem entrar na Universidade.
Podemos divulgar em 1ª mão, porque nos apetece, os novos programas para o 12º ano. Assim, e para facilidade de leitura, dividimos esses programas por disciplinas embora, na prática, as matérias se interpenetrem, tudo dependendo da imaginação dos professores e da vontade dos alunos.
1. HISTÓRIA UNIVERSAL
- A Idade Média, a Idade Avançada e a Terceira idade, com especial incidência nos descobrimentos marítimos e nos transportes terrestres, bem como no mercantilismo, no servilismo, no niilismo e no cubismo clássico, suas origens e mais ou menos.
- ......
- Importância da cerveja alemã na génese da II Grande Guerra, enlatados da Baviera, porque razão Schmidt usa sempre boné, descrição sumária dos motores Mercedes-Benz, futura adesão da RAF à Conferência dos Não-Alinhados.
- .....
2. GEOGRAFIA
- ....
- Localização exacta do Mercado Comum, principais cidades, estrutura política e sua perfeita integração no COMECON.
- Descrição pormenorizada do percurso do rio Nilo e seus afluentes ou, em opção, do Zêzere; importância da barragem do Castelo do Bode para a criação de gado caprino.
-.....
3. MATEMÁTICA
- Os números até cinco (1º período)
- Os números, de 5 a 15 (2º período)
- Os números que faltam (3º período); Nota: esta matéria é facultativa.
- Equações do 2º grau se necessário e tabuada dos nove.
- Trigonometria algébrica (2 lições com slides)
- Alguns ângulos rectos, menos ou mais difíceis.
4. FISICO-QUIMICA
- Breve reflexão sobre o tema :"O oxigénio só será essencial à vida se for absolutamente necessário respirar"
-.....
- Algumas noções de óptica, nomeadamente, o que são óculos e qual a utilidade do olho de vidro; algumas leis da reflexão, mas sem chatear muito.
-.............."

Essa é que é essa!

Já em Fevereiro de 1982, na revista Pão Comanteiga se oferecia:

Tradutores
Pequeno gabinete de tra-
dutores Português-Portu-
guês oferece seus préstimos
ao Telejornal e editorialistas
em geral.

...e, até hoje, ninguém aceitou!!!!?????
É que nem de graça!..................

Também se anunciava:

DECORADOR
Decora tudo.Já decorou os Lusíadas,
o roteiro das ruas de Lisboa, a Divina
Comédia e o programa Pão Comanteiga
nº 54.


E ainda:

PASSA-SE
Sempre a bola ao fim de
três fintas. Os fuções quase
nunca metem golos.

quarta-feira, junho 15, 2005


A Menina Posted by Hello
Pastel sobre papel
Ofélia Marques (1902-1952)

Licenciada em Românicas, casada com Bernardo Marques, desenhadora, ilustradora e pintora autodidacta, foi-lhe atribuído, em 1940, o "Prémio Souza-Cardoso". Dela, disse José Gomes Ferreira: "Uma admirável criatura, friorenta e preguiçosa. Mas ninguém, entre nós, pintou melhores Retratos de Crianças"; as ilustrações, da sua autoria, para o livro "Mariazinha em África", de Fernanda de Castro, são disso um bom exemplo.

terça-feira, junho 14, 2005

segunda-feira, junho 13, 2005

a MORTE é inevitável, mas sempre me surpreende; chega quando não é esperada, não avisa; não choro os que morrem; a vida, decerto, continuará de outra forma, que o nosso entendimento não alcança.
Soube, agora mesmo, que Álvaro Cunhal e Eugénio de Andrade tinham morrido. Já se esperava, não só pela idade, mas também por questões de saúde... Contudo, o anúncio destas duas súbitas partidas, apanhou-me desprevenida... Temos, então, que nos despedir hoje...
Esta mágoa que me fica por saber que Eugénio de Andrade não escreverá mais
e que ficamos privados da presença daquele que foi e é, em minha opinião, a referência de político mais sério, verdadeiro, corajoso e impoluto (digo eu, que nem sequer sou simpatizante de algum dos partidos...)
À despedida, dois poemas de Eugénio de Andrade:

XXXV

Em cada fruto a morte amadurece,
deixando inteira, por legado,
uma semente virgem que estremece
logo que o vento a tenha desnudado.


XXXIV

Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos como animais envelhecidos;
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos:
como frutos de sombra sem sabor
vamos caindo ao chão apodrecidos.

domingo, junho 12, 2005

sábado, junho 11, 2005


Colagem Posted by Hello

FESTA DO FADO


Festa do Fado - 10 de Junho - Castelo de S.Jorge Posted by Hello

A 1ª de outras noites que se seguirão, durante Junho e Julho, de espectáculos ao ar livre, no Castelo de S. Jorge, da responsabilidade da EGEAC - empresa de gestão de equipamentos e animação cultural - espectáculos que levam a designação de FESTA DO FADO, integrados no Programa Lisboa em Festa 2005. Ao todo, encontram-se agendados 10 espectáculos, todos eles diferentes. Quem quiser ver a série completa terá que despender 125€, ou seja, 12,50€ (IVA incluído) por sessão. Não se pode dizer que a Festa fique barata... ainda mais olhando às condições (ar livre, o que significa sujeitar-se uma pessoa ao tempo que fizer, cadeiras incómodas, acústica possível). É uma festa organizada por uma empresa municipal, uma festa de cariz popular, mas que fica um bocado dispendiosa... para alguns, claro, os que, como eu, pagam, seja por questão de princípio, seja porque não pertencem a nenhuma pandilha... Pelo que ontem vi, pareceu-me serem poucos os que tinham comprado bilhete..., muitos, ao saberem o preço, terão optado por não ver o espectáculo e ficaram a ouvi-lo, à porta; outros, com bilhete oferecido, nem se deram ao trabalho de ir - havia bastantes lugares vagos reservados pela egeac e muitos ocupados por gente daquela empresa e borlas...
Esta gente é toda muito democrática, mas não gosta muito de se misturar com o povo, ou melhor, misturas, só com a malta da mesma confraria, que leia a mesma cartilha ou então que pague...
Afinal, a Festa do Fado é para quem ?????!!!!!!!!!!!

Fado - Filipa Cardoso


Ontem, na FNAC-Colombo, lançamento do disco Fragmento do Fado, de Filipa Cardoso Posted by Hello
Uma promessa no Fado- tem voz, mas sobretudo raça; acho que lhe falta ainda definir o seu próprio estilo; em alguns fados, a interpretação peca por se encontrar "colada" ao estilo de outra artista. Descola, Filipa e voa, que tens asas!...

sexta-feira, junho 10, 2005

Lés a lés

Esta letra de J. Linhares Barbosa, que faz parte do repertório de Berta Cardoso, para ilustrar o Dia das Comunidades PORTUGUESAS, que hoje se comemora:

Lés a lés

A cantar de lés a lés
Atravessa o mundo inteiro.
Verás, em todo o estrangeiro,
Todos te dirão quem és.

Há lá coisa mais bonita
Que um português de samarra
Embarcar com a guitarra
No seu saquito de chita!
Foi sempre assim, acredita,
Mal que a gente pôs os pés
Nos sobrados dum convés
Sentimos da Pátria a imagem
E vamos toda a viagem
A cantar de lés a lés.

Vai do mundo a qualquer parte
E verás em todo o mundo
Do teu Portugal jocundo
Vestígios do seu estandarte !
O teu país foi na arte
De navegar o primeiro,
Como não há marinheiro
Que não cante o triste fado,
O fado desde soldado
Atravessa o mundo inteiro.

Sobre a madeira de um barco
Foi à Ilha da Madeira,
A descoberta primeira
Do nobre Gonçalves Zarco.
Mas como o prémio era parco
Para um génio aventureiro,
O fado que era troveiro
Vai do Brasil a Ceilão,
Pedaços desta canção
Verás em todo o estrangeiro.

Em África impõe a lança,
Na Índia lança vontades,
E deixa loucas saudades
No Cabo da Boa Esperança.
Na tormenta, na bonança,
Esta canção que se fez
P'ra o coração português
Achou sempre o mundo estreito,
Canta-a com a guitarra ao peito,
Todos te dirão quem és.


E relembrando Camões que assim diz em OS LUSÍADAS:

As armas e os barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
E em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
Entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando:
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.




Dia de Camões, de PORTUGAL e das Comunidades Portuguesas Posted by Hello

quinta-feira, junho 09, 2005

Todos os Fados de A a Z - Rev. VISÃO

A semana passada, calei-me, mas já que hoje tenho aqui uns apontamentozitos para imprimir, aproveito para dizer o seguinte do volume 5 :
- não se podia ter poupado a caricatura da Berta Cardoso, não cortando a parte de cima do desenho????????????? Ou será para dar com a base, já que o Mário Avelar lhe "cortou" os pés ?????????????????????
Agora, acerca do vol. 6, o desta semana, direi:
- aquela fotografia com a legenda "Berta Cardoso em bebé" é para gozar com quem????????? Quem são os ignorantes que nos querem convencer que, em 1912/1913 (?) as fotografias já tinham tão boa qualidade??????????????????? Vejam lá a papelada que têm no Museu do Fado, não ande ela mal tratada............... INFORMAR É UMA COISA MUITO SÉRIA, ou melhor, devia ser... De resto, qual é a importância , em contexto, de uma foto da artista em bebé?????? De facto, começou a cantar muito nova, mas não tanto assim!...........
- assinalar que A CRUZ DE GUERRA ganhou o 1º prémio de poesia no Concurso Literário 1935
- rectificar que o CD da editora Estoril se intitula
Berta Cardoso
Orquestra de Guitarras
e não "Berta Cardoso uma orquestra de guitarras", o que faz toda a diferença, não é sr. Osório??
- referir que o registo apresentado é de péssima qualidade; eu tenho precisamente esse mesmo disco e o registo não tem nada a ver!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
- finalmente, acrescentar, acerca do Fado Cravo, que Berta Cardoso foi considerada a "Rainha do Fado Cravo". Que pena o Sr. Osório não indicar nenhum tema da artista, a nível de exemplo... Também é verdade que não há, no mercado discográfico, discos de Berta Cardoso, para além do CD referido e, mesmo assim, esse só se vende na Discoteca Amália; os senhores editores discográficos não acautelaram registos tardios da artista e nem reeditaram gravações antigas e agora e desde há vários anos não há discos de Berta Cardoso para ninguém, nem em 2ª mão, em vinil.... De outros artistas, há para aí material ao pontapé, que acaba por ser vendido ao desbarato... Mas isso são outros negócios! O que me parece razoável afirmar é que uma cantora sem discos é como um escritor sem livros - não existe. Alguém quis "apagar" Berta Cardoso das mais importantes páginas de fado que ela própria ajudou a escrever, mas não conseguiu... Parece que há quem persista, tentando.............
Que se há-de fazer?
Tudo isto é fado!
p.s. - De facto, embora a Cruz de Guerra esteja inevitavelmente associada ao repertório de Berta Cardoso , há pelo menos mais uma gravação desse fado, na voz de Isabel de Oliveira, ed. de discos Rapsódia (EPF 5.284). Portanto, Sr. Osório, há outro "exemplo que se conhece ".........

Corrente Posted by Hello
Ainda a corrente ou contra-corrente, que é mais assim que me está a calhar...
Que inábil que eu sou!... Ou sou eu que não sei trabalhar bem com este programa, ou é o programa que não consegue fazer aquilo que eu quero... Isto foi o melhor que consegui. Lá que me esforço, esforço !

Desenhos


Guilhotina Posted by Hello
Acho que estou com maus instintos... Estou verde

quarta-feira, junho 08, 2005

Bilitis ou Pierre Louÿs ?

"O artista é um fingidor..."

De facto, "As Canções de Bilitis", publicadas como sendo a tradução de poemas de Bilitis, uma contemporânea de Sappho, são, na verdade, da autoria do que se intitulou "tradutor" e nem sequer se esqueceu de incluir uma biografia da dita poetisa grega... Bilitis e os seus poemas foram forjados por P. Louÿs e constituem uma hábil falsificação literária que ficou célebre...
É interessante que tenha sido um homem a escrever estas (algumas) páginas de amor no feminino...

LA MÉTAMORPHOSE

Je fus jadis amoureuse de la beauté des
jeunes hommes, et le souvenir de leurs
paroles, jadis, me tint éveillée.

Je me souviens d'avoir gravé un nom dans
l'écorce d'un platane. Je me souviens d'avoir
laissé un morceau de ma tunique dans un
chemin où passait quelqu'un.

Je me souviens d'avoir aimé... O Panny-
chis, mon enfant, en quelles mains t'ai-je
laissée? comment, ô malheureuse, t'ai-je aban-
donnée?

Aujourd'hui Mnasidika seule, et pour tou-
jours, me possède. Qu'elle reçoive en sacrifice
le bonheur de ceux que j'ai quittés pour
elle.

Um leque


...Está calor, está... Posted by Hello
Abanem-se, vá lá...

terça-feira, junho 07, 2005

BILITIS


Bilitis Posted by Hello

Bilitis viveu no ano VI a.C., na Grécia, onde nasceu, filha de pai grego e de mãe Fenícia. As suas Canções, escritas em grego clássico, foram traduzidas, pela primeira vez, por Pierre Louÿs, em 1895. Dela é também a seguinte Canção :

Le premier me donna un collier, un collier
de perles qui vaut une ville, avec les pallais et
les temples, et les trésors et les esclaves.

Le second fit pour moi des vers. Il disait
que mes cheveux sont noirs comme ceux de
la nuit et mes yeux bleus comme ceux du
matin.

Le troisième était si beau que sa mère ne
l'embrassait pas sans rougir. Il mit ses mains
sur mes genoux, et ses lèvres sur mon pied
nu.

Toi, tu ne m'as rien dit. Tu ne m'as rien
donné, car tu es pauvre. Et tu n'es pas beau,
mais c'est toi que j'aime.

segunda-feira, junho 06, 2005


Fado em Lisboa - Flamenco em Andaluzia Posted by Hello

Une chanson de BILITIS

A Sabedoria que nos chega do séc VI a.C.

CONSEILS A UN AMANT

Si tu veux être aimé d'une femme, ô jeune
ami, quelle qu'elle soit, ne lui dis pas que tu
la veux, mais fais qu'elle te voie tous les
jours, puis disparais, pour revenir.

Si elle t'adresse la parole, sois amoureux
sans empressement. Elle viendra d'elle-même
à toi. Sache alors la prendre de force, le jour
où elle entend se donner.

Quand tu la recevras dans ton lit, néglige
ton propre plaisir. Les mains d'une femme
amoureuse sont tremblantes et sans caresses.
Dispense-les d'être zélées.

Mais toi, ne prends pas de repos. Prolonge
les baisers à perte d'haleine. Ne la laisse pas
dormir, même si elle t'en prie. Baise toujours
la partie de son corps vers laquelle elle
tourne les yeux.

Bilitis

A Embaixada do Fado na sua chegada a S. Bento (JUL.1937). Ao centro, em pé, o poeta António Boto, ladeado pelas fadistas Hermínia Silva e Berta Cardoso, entre outros. Posted by Hello
( Jornal de Notícias, 24.07.1937)

A pedido de várias famílias, a seguir lembrarei mais poesia de António Boto, mas gostaria também aqui de lembrar o poeta como um apaixonado pela Canção Nacional. Por exemplo, tomou parte nestes espectáculos, no Sá da Bandeira, integrado na Companhia do "Retiro da Severa" e que se iniciavam, precisamente, com uma palestra, em prosa e verso, feita pelo Poeta, exaltando o Fado. Escreveu também alguns poemas sobre o Fado, mas hoje vou transcrever um poema sobre um dos seus outros temas favoritos - o Amor.

Quem é que abraça o meu corpo
Na penumbra do meu leito?
Quem é que beija o meu rosto,
Quem é que morde o meu peito?
Quem é que fala da morte
Docemente ao meu ouvido?
- És tu, senhor dos meus olhos,
E sempre no meu sentido.
António Boto

domingo, junho 05, 2005

CANÇÃO 15

Homem que vens de humanas desventuras,
Que te prendes à vida, te enamoras,
Que tudo sabes mas que tudo ignoras,
Vencido herói de todas as loucuras.

Que te ajoelhas pálido nas horas
Das tuas infinitas amarguras
E na ambição das causas mais impuras
És grande simplesmente quando choras.

Que prometes cumprir para esquecer,
E trocando a virtude no pecado
Ficas brutal se ele não der prazer.

Arquitecto do crime e da ilusão,
Ridículo palhaço articulado,
Eu sou teu companheiro, teu irmão.

António Boto

Dia Mundial do Ambiente


Máscara contra a poluição Posted by Hello

Se não nos lembrarmos todos os dias deste dia, qualquer dia andamos todos assim....

sábado, junho 04, 2005

MAIS UM DIA

Hoje é o Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão.
O que eu acho ainda mais estranho, do que já o habitualmente estranho, é exactamente a expressão: Crianças Inocentes..., mas provavelmente sou eu, que já não terei muito entendimento, que não "apanho" o sentido ou lá o que seja ...............................................

quinta-feira, junho 02, 2005

HACCP


HACCP Posted by Hello

Também estive a fazer uma revisãozinha desta matéria. Que lindo que é o HACCP!...
Seja bem vindo ao meu blog!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Mariza


Agora, se escrevermos Mariza com Z, como a fadista, o programa de computador não gosta tanto; fica assim, sem colorido Posted by Hello

marisa


Marisa Posted by Hello


Estava eu ali estudando umas coisas acerca de embalagens e tal e dou de caras com esta coisa interessante que é o facto de as garrafas se dividirem por zonas, mais ou menos críticas, a saber, e começando de baixo para cima: fundo, recartilha do fundo, calcanhar, corpo, ombro, gargalo e marisa. Para além de uma evidente tendência de antropomorfização da garrafa, é curioso que, àquele bocadinho de vidro que encima o gargalo, se chame marisa; Marisa é um nome feminino, que também aparece grafado com z - Mariza, como assina uma das mais badaladas fadistas da actualidade. . .
Esta coisa dos nomes tem o seu quê... Ignoro, por enquanto, o motivo de se chamar marisa àquela parte da garrafa, mas que o visual da Mariza tem alguma coisa a ver com a "anatomia" da garrafa, lá isso tem....