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A Embaixada do Fado na sua chegada a S. Bento (JUL.1937). Ao centro, em pé, o poeta António Boto, ladeado pelas fadistas Hermínia Silva e Berta Cardoso, entre outros.
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( Jornal de Notícias, 24.07.1937)
A pedido de várias famílias, a seguir lembrarei mais poesia de António Boto, mas gostaria também aqui de lembrar o poeta como um apaixonado pela Canção Nacional. Por exemplo, tomou parte nestes espectáculos, no Sá da Bandeira, integrado na Companhia do "Retiro da Severa" e que se iniciavam, precisamente, com uma palestra, em prosa e verso, feita pelo Poeta, exaltando o Fado. Escreveu também alguns poemas sobre o Fado, mas hoje vou transcrever um poema sobre um dos seus outros temas favoritos - o Amor.
Quem é que abraça o meu corpo
Na penumbra do meu leito?
Quem é que beija o meu rosto,
Quem é que morde o meu peito?
Quem é que fala da morte
Docemente ao meu ouvido?
- És tu, senhor dos meus olhos,
E sempre no meu sentido.
António Boto
2 comentários:
Tás tás... estou.. perdidamente... apaixonado por você... já se nota nos olhitos...
verifico pelo seu comentario no meu blog, que temos outra coisa em comum- o ensino...
E mais um belo documento do Fado da era pré-amaliana. Adorei.
Valeria Mendez
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