quarta-feira, junho 24, 2009

EXPOSIÇÃO " EU SOU FERNANDA BAPTISTA..."

EXPOSIÇÃO - ÚLTIMOS DIAS

“EU SOU FERNANDA BAPTISTA,NASCI PARA O FADO
E PARA A REVISTA”

DESDE O PASSADO DIA 25 DE MAIO DE 2009 PATENTE AO PÚBLICO NA JUNTA DE FREGUESIA DE SANTOS-O VELHO, CHEGA AO FIM NO PRÓXIMO DIA 28 DE JUNHO A EXPOSIÇÃO DE HOMENAGEM À MAIOR VOZ DO TEATRO DE REVISTA .
FERNANDA BAPTISTA NASCEU EM LISBOA A 7 DE MAIO DE 1919 E FALECEU EM CASCAIS A 24 DE JULHO DE 2008,TEVE UMA CARREIRA DE 65 ANOS PREENCHIDA DE GRANDES SUCESSOS
NO TEATRO DE REVISTA COMO FADISTA E ACTRIZ, MAS TAMBÉM NA COMÉDIA E EM OPERETA
DO SEU VASTO CURRICULUM CONSTAM 48 REVISTAS,2 COMÉDIAS ,2 OPERETAS E UM FILME.
MIGUEL VILLA DECIDIU RELEMBRAR A FADISTA E AMIGA NUMA EXPOSIÇÃO ONDE SE RECORDAM ESTES 65 ANOS DE CARREIRA E 90 DE IDADE ,TRAZENDO A PÚBLICO ALGUNS DOS SEUS MAIS BONITOS VESTIDOS DE CENA BEM COMO CARTAZES DE ESPECTÁCULOS ONDE PARTICIPOU, FOTOGRAFIAS DE CARTAZ E DE CENA, SAPATOS, BRINCOS, GARGANTILHAS, PARTITURAS, MANUSCRITOS, CARICATURAS, ENTRE OUTROS OBJECTOS QUE NOS RECORDAM A FADISTA.
A JUNTA DE FREGUESIA DE SANTOS–O–VELHO ABRAÇOU DESDE LOGO ESTA EXPOSIÇÃO ESTANDO, ASSIM, JUNTAMENTE COM MIGUEL VILLA E NO BAIRRO DA MADRAGOA A HOMENAGEAR AQUELA QUE FOI MADRINHA, DURANTE ANOS, DA MARCHA DO BAIRRO
E ONDE O SEU NOME AINDA HOJE PERMANECE COMO MADRINHA HONORÁRIA.
ESTA EXPOSIÇAO PODERÁ SER VISTA NA JUNTA DE FREGUESIA DE SANTOS-O-VELHO, DIARIAMENTE, ENTRE AS 14 E AS 19H ATÉ AO PRÓXIMO DIA 28 DE JUNHO.
DIA 28 ENCERRARÁ EM GRANDE COM A APRESENTAÇAO DE UM ESPECTÁCULO DE VARIEDADES ONDE IRÃO ESTAR PRESENTES A FADISTA MARIA AMÉLIA PROENÇA, ANITA GUERREIRO, ADA DE CASTRO E CAROLINA TAVARES PARA NOS RECORDAR ALGUNS DOS SUCESSOS DE FERNANDA BAPTISTA, A GRANDE MARCHA DA MADRAGOA(DE QUE FERNANDA BAPTISTA É MADRINHA HONORÁRIA), O GRUPO “ARTISTAS PRÓ PALCO”, QUE IRÃO FAZER UM EXCERTO DO ESPECTÁCULO QUE TÊM EM DIGRESSÃO E ONDE HOMENAGEIAM A FADISTA E AINDA UM COLÓQUIO ONDE O PÚBLICO IRÁ FAZER PERGUNTAS SOBRE A CARREIRA DA CITADA FADISTA E AS MESMAS IRÃO SER RESPONDIDAS POR MIGUEL VILLA.
ASSIM, VENHO POR ESTE MEIO E MAIS UMA VEZ CONTAR COM A VOSSA COLABORAÇAO E DIVULGAÇAO DAS INICIATIVAS DE ENCERRAMENTO DA EXPOSIÇÃO “EU SOU FERNANDA BAPTISTA, NASCI PARA O FADO E PARA A REVISTA”
E CONVIDO-VOS, DESDE JÁ, A ESTAREM PRESENTES NO ENCERRAMENTO QUE TERÁ INICIO ÀS 16H NA JUNTA DE FREGUESIA DE SANTOS-O-VELHO, NA RUA DA ESPERANÇA, 49, À MADRAGOA
PARA MAIS INFORMAÇÕES E ESCLARECIMENTOS CONTACTE:
MIGUEL VILLA
TLMS: 91 727 15 11/964 972 994
OU POR MAIL :miguelvilla@iol.pt
atentamente
Miguel Villa

ESTA EXPOSIÇÃO CONTA COM O APOIO DE:
TEATRO POLITEAMA/FILIPE LÁ FERIA TEATRO MARIA VITÓRIA/HELDER FREIRE COSTA
JUNTA DE FREGUESIA DE SANTOS O VELHO M.ROLO-EMPRESA DE MANEQUINS
GIVETGIFE/PEDRO ALMEIDA CARLOS CASTRO SUSANA ROGEIR
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VÍDEO DE HOMENAGEM

sábado, junho 20, 2009

"ROSA ENJEITADA" e o "Fado Aristocrático"

(Doc. "Berta Cardoso na Revista")


Como já referi no post anterior, o fado "Rosa enjeitada" foi estreado no teatro de revista, tendo aí tido como intérpretes duas das mais representativas cantadeiras-actrizes do séc. XX - Hermínia Silva e Berta Cardoso. Este documento, que aqui se reproduz, corresponde à fala cantada pela Rosa Engeitada (letra do fado), papel desempenhado por Berta Cardoso.

A letra deste fado resume, digamos assim, a trama que enforma o melodrama (1901), da autoria de D. João da Câmara, cujo nome é o da personagem principal, a Rosa Engeitada; e, afinal, quem era essa Rosa engeitada? uma rameira, que vive com Francisco (o homem de quem gosta e que sustenta) e que pensa mudar de vida, mas não consegue, não tem coragem... até que um dia, conhece um outro rapaz, o João - trabalhador, simples, honesto -, em tudo a antítese do Francisco, nascendo desse encontro o amor verdadeiro que faz renascer na meretriz a esperança de uma nova vida...

É, como se vê, uma história actualíssima, melhor, de todos os tempos... um drama vivencial cujas implicações sociais não têm hoje, digo eu, a carga reprobatória e de indesculpabilidade que tinham então, mesmo já em finais da primeira metade do século XX, altura em que Maria Teresa de Noronha se deixou enCANTAR por este fado, da autoria de José Galhardo e de Raúl Ferrão, enCANTAmento bem patente na sua magnífica interpretação, recordada neste vídeo.


Já agora, a talho de foice, presta-se perguntar: é este o fado que os especialistas designam por "fado aristocrático"?!...

Esta é uma etiqueta com que sempre embirrei porque não alcanço qualquer bom motivo para que se empregue. Vejamos. À semelhança do designado "Fado Marialva", onde cabem todos os fados com determinada temática, o "Fado Aristocrático" deveria designar e englobar os fados que obedecessem a uma certa temática, por certo relacionada com a aristocracia, ou forma de poema ou qualquer música associada, mas isso não se verifica efectivamente... Assim, essa designação apenas indicará, por certo, o estatuto aristocrático de alguns intérpretes do Fado, e, nesta perspectiva, parece-me absolutamente desadequada, melhor, incorrecta, porque, em boa verdade, não é o fado que passa a ser aristocrático, mas sim os aristocratas que passam a ser fadistas... E, embora eu não consiga descortinar a mais valia de colocar numa mesma gaveta os aristocratas que enfileiraram pela carreira de fadistas e etiquetá-los, o que desde logo se me afigura até uma forma de discriminação, se bem que positiva, entendo que a designação mais correcta seria, então, a de "Fadistas Aristocráticos", pois é disso que se trata, e nunca "Fado Aristocrático" que, até prova em contrário, não existe.

O Fado é do Povo e, por isso, não é aristocrático, mesmo que cantado por um fidalgo, acompanhado ao piano, no salão do seu palacete...

Mas, não sendo aristocrático, o Fado é nobre, tão nobre quanto o Povo que canta e que o canta, aristocratas incluídos...

Porque o Fado é a expressão da Alma de um Povo que na História é reconhecido pela sua nobreza de carácter! Esta é a verdadeira nobreza e a mais valia do Fado.



VÍDEO DE HOMENAGEM


domingo, junho 14, 2009

FIDALGOS POETAS E FADISTAS




























Andava eu a tentar pôr uma certa ordem na papelada, cairam-me os olhos neste artigo, datado de 1908, de Júlio Dantas, que é, de facto, uma página de História, documento que eu tinha seleccionado para, em tempo, divulgar... Nem de propósito (nada é por acaso), contacta-me o amigo Antón, do blog http://fadous.blogspot.com/, pretendendo informações acerca do poeta de fado D. António de Bragança, autor, entre outras, da letra do "Fado das Horas"...

Respondi-lhe muito atabalhoadamente, dando-lhe informação do pouco que sabia e pensei então que seria tempo de melhor me informar e publicar esta página, pretexto para recordar alguns Fidalgos, da melhor linhagem Portuguesa, cujo contributo tem enobrecido e enriquecido a família fadista.

Este artigo de Júlio Dantas evoca, nem mais nem menos, a figura do eminente dramaturgo e poeta Dom João Maria Evangelista Gonçalves Zarco da Camara (1852 - 1908), autor da peça "Rosa Engeitada", donde se extraiu a opereta popular com o mesmo nome e um dos mais emblemáticos fados, superiormente interpretado por Hermínia Silva, Berta Cardoso, Fernanda Maria e Maria Teresa de Noronha, que o celebrizou; de uma simplicidade e afabilidade notáveis, D. Maria Teresa do Carmo de Noronha, bisneta do 2º Conde de Paraty, dedicou a sua vida (1918 - 1993) ao fado, tendo mesmo casado com o distinto compositor e guitarrista amador José António Barbosa de Guimarães Serôdio, filho do 2º Conde de Sabrosa; era, podemos dizer, um nobre casal fadista! Igualmente descendente de Dom João da Camara e sobrinho de D. Maria Teresa de Noronha, é o consagrado fadista Vicente da Câmara (1928), D. Vicente Maria do Carmo de Noronha da Camara, filho de D. João Luís de Seabra da Camara (1905) e pai do também fadista José da Camara (1967), D. José do Carmo de Ataíde da Camara.
Finalmente, o poeta de fado D. António José Manuel de Bragança (1895 - 1964), autor, entre outros, do célebre Fado das Horas, pai de D. Segismundo Caetano da Camara de Bragança(1925), violista amador de reconhecido mérito, primo de Vicente da Câmara e sobrinho de uma das mais emblemáticas figuras da boémia lisboeta do passado século, frequentador assíduo de casas de fado, particularmente da Adega Mesquita, de cujo dono era muito amigo - refiro-me, claro está, a D. Pedro João Libânio Manuel de Bragança (1885 - 1972).
Destes diria eu, parafraseando Júlio Dantas, que não tiveram "de inventar um brazão como Garrett" e nem o tiveram também que inventar dois outros nobres fadistas que não poderia deixar de aqui lembrar - Frei D. Hermano Vasco Villar Cabral da Câmara (1934) e Nuno Maria de Figueiredo Cabral da Camara Pereira (1951).
Todos descendentes de D. Afonso Henriques, de resto como o era também a grande actriz IVONE SILVA, de sua graça Maria Ivone da Silva Nunes (1935 - 1987)...
Com todos estes dignos cultivadores e amantes de fado, comprovados representantes da mais nobre linhagem portuguesa, digam lá que o fado era apenas canção de rameiras e rufias!...
E se o era, lá teria os seus encantos para rapidamente o deixar de ser. De facto, parece-me que o célebre par da fadista Severa e do Conde de Vimioso é, para além dessa história, o ícone dessa sistemática e apaixonada transgressão que sempre uniu as mais nobres às mais populares casas portuguesas, proporcionando uma apetecida e saudável renovação genética, que, de tão proveitosa, levou à ratificação dessa fantástica e nobre instituição que é a bastardia!...
Ligação: Acerca deste assunto pode ler, em inglês, o artigo mais específico sobre Dom António de Bragança, the Author of the “Fado das Horas” , por Anton Garcia-Fernandez.

quarta-feira, junho 10, 2009

"EVOCAÇÃO" - Fernando Farinha

Com esta evocação, da autoria de Fernando Farinha e por si interpretada no Fado Corrido, acompanhado pelo conjunto de guitarras de Raul Nery, se suspende temporariamente este blog, para melhoramentos, dando-se seguimento regular de novos verbetes no blog http://fadistascomoeusou.blogspot.com/


Contudo, para quem acompanhe este trabalho com interesse, fica o aviso de que grande parte dos verbetes vão ser actualizados, pelo que não será em vão consultar, de vez em quando, este blog ...

Vamos, pois, continuar a lembrar e a homenagear o Fado e todos os Fadistas - letristas, compositores, cantadores e cantadeiras, instrumentistas... enfim, todos os

"Fadistas como eu sou"!

VÍDEO DE HOMENAGEM

quinta-feira, junho 04, 2009

MIRITA CASIMIRO - "Maria Papoila"

MIRITA CASIMIRO, A ETERNA MARIA PAPOILA


Em 10 de Outubro de 1914 nasceu, em Viseu, Maria Zulmira Casimiro de Almeida. O seu pai foi o famoso cavaleiro tauromáquico José Casimiro. Os seus irmãos Manuel e José eram praticantes da mesma arte. Apesar de ter ficado para a posteridade como a "Maria Papoila", ela foi muito maior nos palcos, onde se estreou profissionalmente em 1935, na revista "Viva a Folia", cantando alguns números e integrada na Companhia de Maria das Neves, no Teatro Maria Vitória. Já desde miúda que cantava e encantava a família e os amigos. Em Lisboa conquistou o público ao interpretar canções tradicionais da Beira Alta, envergando a capucha castanha, feita de burel, das serranas e exibindo a pronúncia da região de Viseu. No ano seguinte fez um aplaudido travesti na peça "João Ninguém" e rapidamente obteve sucesso em revistas e operetas. Em 1941 casou com Vasco Santana e formou uma dupla de enorme êxito. Alguns anos mais tarde e depois de uma dolorosa e algo escandalosa separação, Mirita passou a ser mal vista, no meio teatral, e a sua carreira começou a desmoronar-se. Em Março de 1956 tentou a sua sorte no Brasil, para onde foi trabalhar e viver, sem grande nota. No ano de 1964 voltou a Portugal para trabalhar no Teatro Experimental de Cascais. Em Janeiro de 1966, inaugurou uma nova fase do seu trabalho, estreou-se em "A Casa de Bernarda Alba", de Frederico Garcia Lorca.Voltou ao teatro mais popular e apesar de ter participado em vários projectos vocacionados para a fazer brilhar, desde "A Maluquinha de Arroios" em 1966 e "O Comissário de Polícia" em 1968, não conseguiu recuperar o anterior fulgor. A fatalidade bateu-lhe à porta, em 12 de Novembro de 1968, no Porto, onde sofreu um grave acidente de viação. Impossibilitada de voltar ao palco e deprimida, acabou por desistir de viver, em 25 de Março de 1970, na sua residência em Cascais.

Nome completo: Maria Zulmira Casimiro de Almeida

Data de nascimento: 10 de outubro de 1918 (Viseu)

Filmografia 1937 - "Maria Papoila" - Leitão de Barros
1967 - "Um Campista em Apuros" - Herlander Peyroteo

Data de Óbito: 25 de Março de 1970


(Nota biográfica retirada daqui http://filmes_portugueses.blogs.sapo.pt/34577.html )

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Mirita Casimiro era frequentemente lembrada por Berta Cardoso, que muito a admirava enquanto pessoa e como actriz e com quem trabalhou na Revista "Olaré Quem Brinca", um espectáculo de assinalável êxito; Berta Cardoso estreou nessa revista, entre outros, o "Fado Antigo", de Amadeu do Vale e Raul Portela, fado que posteriormente gravou com o nome de "Perna de Pau".
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Neste vídeo de homenagem, Mirita interpreta o tema popular "Ó ai, esteja quedo", que Celeste Rodrigues recuperou e gravou posteriormente; reparar-se-á que Mirita utiliza a pronúncia característica da região de Viseu.
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(Agradecimentos a Miguel Villa http://istoeespectaculo.blogspot.com/,
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VÍDEO DE HOMENAGEM

quinta-feira, maio 28, 2009

CARMENCITA AUBERT




















"Nestes olhos bem espanhóis, há a nostalgia do fado lusitano"
Nascida em Espanha - Barcelona, Carmencita / Carmelita Aubert morreu em Portugal, em 1979, país que adoptou e escolheu para viver durante uma parte significativa da sua vida.

Figura de 1º plano do Teatro e da Canção, em Espanha e em Portugal, Carmencita Aubert também cantava o fado; infelizmente, não tenho qualquer registo de fado da Aubert nem imagino se haverá; podemos contudo ouvi-la interpretando os tangos "Mi vida" e "Un compadrito fue" aqui http://www.todotango.com/english/creadores/caubert.asp
acompanhado de uma nota biográfica.
Também muito interessante e esclarecedor o artigo da Canção do Sul...
Aqui fica a minha homenagem a esta Catalã de alma Lusa, de quem Berta Cardoso, sua contemporânea, falava com muita admiração e carinho.

sábado, maio 16, 2009

VASCO RAFAEL - "Que fazes aí Lisboa"


"Que fazes aí Lisboa", da autoria de Arlindo de Carvalho e de Mário Gonçalves, a recordar Vasco Rafael.
"Vasco Rafael Simões de Sá Nogueira, nasceu em Angola na província de Moçamedes.
Começou com cançonetista, tendo um início de carreira difícil, até que é convidado de um espectáculo publicitário que se realizava num dos cinemas de Luanda, “Chá das Seis” onde começa a ser notado e vem a atingir um assinalável êxito.
Vem para Portugal e sente as dificuldades de um novo inicio de carreira. Beatriz da Conceição apresenta-o a uns empresários no Porto e lá fica a actuar durante cerca de um ano, é no Porto que grava o seu primeiro disco.
Vem para Lisboa contratado para o elenco do “Painel do Fado”, seguidamente é convidado por Sérgio de Azevedo para actuar no “Frou Frou” , agradou ao empresário que logo o convida para a revista “Ó da Guarda”, onde obtém o seu maior êxito de sempre com o Fado “ROSEIRA BOTÃO DE GENTE” com letra de José Carlos Ary dos Santos e música de Paulo de Carvalho, gravado em 1981 para Rádio Triunfo
Faz ainda parte do elenco da revista “A Aldeia da Roupa Suja”, mas deixa as revistas porque acha que o prendem muito tempo no mesmo local.
Tem algumas deslocações ao estrangeiro.
Já com poetas de relevo a escreverem para ele, realçando Ary do Santos, Vasco de Lima Couto, etc. grava mais uma série de EP e LP.
É contratado para as Arcadas do Faia, onde se mantém até à sua morte prematura.
Estejas onde estiveres Vasco Rafael, recebe esta pequena homenagem da “Linhagem Marceneiro”"

in lisboanoguiness
VÍDEO DE HOMENAGEM

quinta-feira, maio 14, 2009

JAIME SANTOS E MIGUEL RAMOS

















Um apontamento sobre estas duas grandes figuras do Fado - o guitarrista Jaime Santos e o violista Miguel Ramos.




















E dois sonetos da autoria do fadófilo, jornalista e poeta ARMANDO NEVES, autor, entre muitas outras, das letras dos Fados "A Cruz de Guerra" e "Fado Berta", ambos musicados por MIGUEL RAMOS, do repertório de BERTA CARDOSO.

sábado, maio 09, 2009

ANITA GUERREIRO - "Senhora da Saúde"

Plat.

Nota biográfica:
Uma das atracções mais típicas e queridas da revista, Anita Guerreiro continua ainda hoje a trabalhar e a ser uma autêntica preferida do público, embora actualmente na televisão, onde participa regularmente em telenovelas e séries de comédia. Tal como muitos outros, Anita Guerreiro começou, com apenas sete anos, por ser uma das "miúdas", fadistas infantis que ficavam identificados com o bairro de onde vinham - sendo "a miúda do Intendente", bairro onde nasceu em 1936. Com apenas quinze anos de idade, em 1952, Anita Guerreiro (nome artístico, pois o seu verdadeiro nome é Bebiana Cardinalli) concorria a um passatempo do popular programa radiofónico Combóio das Seis e Meia. Espantado com o que ouvia, o produtor do programa, Marques Vidal, convidou-a imediatamente para se juntar ao elenco e, poucas semanas depois, estreava-se como fadista no Café Luso. E antes de completar os vinte anos, era já vedeta de revista, género em que se estreou em 1955. A Anita Guerreiro se deve a criação de um fado-canção que ficou na boca do povo e até Amélia gravou: Cheira a Lisboa, que criou em 1969 na revista Peço a Palavra. Ironicamente, pouco depois desse sucesso colossal, Anita Guerreiro afastou-se da revista durante mais de uma década, apenas regressando em 1982. Manteve-se entretanto activa como fadista, cantando em casas de fados e actuando no estrangeiro.
Com letra de Francisco Radamanto é este fado que Anita Guerreiro interpreta no Fado Alcântara, de Raul Ferrão - "Senhora da Saúde", a Nossa Senhora do Fado!
Vídeo de Homenagem

quinta-feira, maio 07, 2009

LEMBRAR FERNANDA BAPTISTA





“Eu sou Fernanda Baptista
nasci para o Fado e para a Revista”



FERNANDA BAPTISTA, FADISTA E ACTRIZ,
NASCEU NA FREGUESIA DE SANTA CATARINA, EM LISBOA, A 7 DE MAIO DE 1919. COMEMORARIA ESTE ANO, SE FOSSE VIVA, 90 ANOS DE IDADE. 65 DELES DEDICOU-OS AO QUE MAIS GOSTAVA DE FAZER CANTAR O FADO E FAZER TEATRO DE REVISTA.
DEIXOU-NOS A 24 DE JULHO DE 2008, FICANDO O PANORAMA ARTÍSTICO MAIS POBRE.
PARA ASSINALAR A PASSAGEM DO SEU 90º ANIVERSÁRIO MIGUEL VILLA E A JUNTA DE FREGUESIA DE SANTOS-O VELHO NA MADRAGOA ,IRÃO APRESENTAR UMA EXPOSIÇÃO COM O TITULO
“EU SOU FERNANDA BAPTISTA, NASCI PARA O FADO E PARA A REVISTA” COM INAUGURAÇÃO MARCADA PARA O PRÓXIMO DIA 25 DE MAIO PELAS 18H NO ESPAÇO DE EXPOSIÇÕES DA CITADA JUNTA -(RUA DA ESPERANÇA 49-LISBOA)
A EXPOSIÇÃO, COMPOSTA POR ESPÓLIO DE MIGUEL VILLA, RECORDARÁ O PERCURSO DA FADISTA AO LONGO DE 65 ANOS DE CARREIRA ARTÍSTICA COM FOTOS DE CENA, CARTAZES CARICATURAS DA FADISTA, GUARDA ROUPA E ADEREÇOS VÁRIOS. A EXPOSIÇÃO FICARÁ PATENTE ATÉ 28 DE JUNHO, DIARIAMENTE, ENTRE AS 14 H E AS 19H E TEM ENTRADA LIVRE.

FERNANDA BAPTISTA A CRIADORA DO TEMA “FADO DA CARTA” TEVE UM CARREIRA PREENCHIDA E CHEIA DE SUCESSOS NO TEATRO DE REVISTA COMO ATRACÇAO E TAMBÉM COMO ACTRIZ. PARTICIPOU EM 48 REVISTAS, 2 COMÉDIAS E 3 OPERETAS. FEZ AINDA UMA PARTICIPAÇÂO ESPECIAL NO FILME “ SOL E TOUROS” AO LADO DE AMÁLIA RORIGUES E MANUEL DOS SANTOS.
ESCREVERAM PARA ELA OS MELHORES AUTORES E COMPOSITORES DA ÉPOCA COMO JOÃO NOBRE , EDUARDO DAMAS OU MANUEL PAIÃO SÓ PARA CITAR ALGUNS.
FEZ IMENSAS DIGRESSÕES AO ESTRANGEIRO ATINGINDO SEMPRE GRANDE SUCESSO.
A SUA PRESENÇA NA TELEVISÃO FOI ENORME AO LONGO DOS ANOS PARTICIPANDO EM VARIADÍSSIMOS PROGRAMAS.
FOI MADRINHA DE VÁRIAS MARCHAS POPULARES INCLUINDO NOS ÚLTIMOS ANOS MADRINHA DA MARCHA DA MADRAGOA, FICANDO MESMO DEPOIS DE JÁ NÃO DESFILAR COMO MADRINHA HONORÁRIA.
EM 1996 TEVE NO TEATRO SÃO LUÍZ A SUA FESTA DE CONSAGRAÇÃO
E EM 2005 RECEBE NO MESMO PALCO DAS MÃOS DO ENTÃO MINISTRO DA CULTURA A COMENDA DE ORDEM DE MÉRITO,NO TEATRO POLITEAMA A 27 DE DEZEMBRO DE 2005 FOI DESCERRADA UMA PLACA COMEMORATIVA DA SUA PASSAGEM PELO MUSICAL DE FILIPE LA FERIA “A CANÇAO DE LISBOA”
EM FEVEREIRO DE 2008 NA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA RECEBE PELAS MÃOS DO PRESIDENTE DA CÂMARA A MEDALHA DA CIDADE DE LISBOA.
DESPEDIU-SE DEFINITIVAMENTE DOS PALCOS NUMA PARTICIPAÇÃO ESPECIAL A CONVITE DE FILIPE LÁ FERIA NO PALCO DO TEATRO POLITEAMA NO MUSICAL “ A CANÇÃO DE LISBOA” EM 2005/6.
ESTA EXPOSIÇÃO CONTA COM O APOIO DA JUNTA DE FREGUESIA DE SANTOS-O-VELHO,TEATRO MARIA VITÓRIA E TEATRO POLITEAMA


PARA MAIS INFORMAÇÕES, MARCAÇÃO DE ENTREVISTAS PARA PROMOÇÃO E DIVULGAÇÃO DESTA EXPOSIÇÃO
CONTACTE MIGUEL VILLA
TLMS
91 727 15 11
96 497 29 94

OU POR MAIL

MIGUELVILLA@IOL.PT


DESDE JÁ OBRIGADO PELA ATENÇÃO DISPENSADA
CONTO COM O VOSSO APOIO NA DIVULGAÇÃO E PROMOÇÃO.

MIGUEL VILLA




Agradeço o contacto de Miguel Villa, editor do fotolog
que me enviou o cartaz e o texto acima, assim possibilitando a divulgação da exposição sobre esta grande figura do Fado e da Revista que hoje, uma vez mais, lembro, interpretando o "Fado do Toureiro", de Amadeu do Vale e de Raul Ferrão
VÍDEO DE HOMENAGEM

sábado, maio 02, 2009

JOÃO CASANOVA - "Quero que sintas que te quero"



















João Casanova, 40 anos de carreira, um veterano no fado!

A homenagem, que promete ser um excelente espectáculo de fado, realiza-se no Forum Lisboa, no próximo dia 10, das 15h às 20h., contando com a participação de vários fadistas e instrumentistas, cujos nomes pode visualizar melhor, clicando na imagem, para ampliar. O custo por bilhete, segundo me foi dito, é de 10 euros , podendo ser adquiridos nos locais indicados no cartaz.
Até lá, vamos recordando João Casanova, a interpretar este seu clássico, da autoria de Carlos Alberto C. Gonçalves.
VÍDEO DE HOMENAGEM

quarta-feira, abril 29, 2009

ALICE MARIA - "Velhinho Parque Mayer"


PARQUE MAYER!
A Catedral do Teatro de Revista, produto genuinamente português, cód.b. 560!...
Um produto em vias de extinção que alguns bravos resistentes, teimosamente, não deixam morrer... Bravo! Hélder Costa, Bravo! Marina Mota, Bravo! toda a equipa que mantém vivo o MARIA VITÓRIA.


VÁ À REVISTA!... VÁ AO TEATRO!... VÁ AO MARIA VITÓRIA!... VÁ AO PARQUE MAYER!...
E veja este vídeo
Vídeo de Homenagem
e ouça bem a letra deste fado interpretado por Alice Maria, cuja autoria se deve a Carlos Rocha e Paulino Gomes Jr. e que começa assim:
"Parque Mayer, meu amigo / Lisboa anda alvoroçada / Pois querem correr contigo / Donde ri à gargalhada..."

sábado, abril 25, 2009

PAULO BRAGANÇA - "Na ribeira deste rio"



Pode gostar-se ou não de Paulo Bragança, mas não se pode ignorá-lo!...
É belíssimo o CD que inclui este tema denominado "Na ribeira deste rio", da autoria de F. Pessoa e de M. Pacheco. Paulo Bragança é autor de grande parte das letras deste album de 1996, " O Mistério do Fado", que "celebra a maturidade da voz de Paulo Bragança", que dedica este seu trabalho a seu avô Manuel Afonso "com muito amor" e "a todos os Peregrinos que como ele cumprem em si mesmos Portugal".
algumas notas biográficas sobre este jovem que "escandalizou" os que não fecham os olhos para ouvir o fado... e que eu tanto gostaria de ouvir de novo, numa casa de fados, ao vivo e a cores!
Natural de Luanda, onde nasceu em 1968, vem para Bragança em 1978 e, 8 anos mais tarde, muda-se para Lisboa, onde ingressa na Faculdade de Direito...
É a diferença a sua marca por excelência que o impõe e lhe traça um percurso fulgurante, essa mesma diferença que ditará a sua "perdição"...
Para o Paulo Bragança, com um beijinho, este meu
VÍDEO DE HOMENAGEM

quinta-feira, abril 23, 2009

FADO MARIALVA




















Foi um evento muito agradável, e que encheu por completo o Auditório do Museu do Fado, o que ontem ali teve lugar para apresentação do livro FADO MARIALVA, da autoria do advogado, historiador, escritor, poeta e investigador António Manuel de Moraes (Dr.), prefaciado por Vicente da Câmara (Dom).


O livro, acerca do Fado e da Festa Brava, reflecte um sério trabalho de investigação nesses dois Universos e é, por certo, um dos mais completos, senão mesmo o mais acabado documento acerca da convivência dessas duas artes tão lusitanas, que fazem parte da mais genuína Cultura Portuguesa.
De facto, a palavra marialva contém, para além do seu mais pertinente significado de fidalgo, conquistador de mulheres, um outro mais oculto, mas sempre presente, o de que esse fidalgo leva uma vida marginal, convivendo com toureiros e fadistas.

E assim é que, duma ilícita união dum fidalgo marialva com a Severa, dessa insustentável paixão, porque socialmente reprovável, nasceu "o fado triste da Mouraria", como aventa Linhares Barbosa (que no Fado ficará conhecido como Príncipe dos Poetas), no conhecido e emblemático Tia Macheta, que todos conhecem na interpretação magistral de Berta Cardoso.

O nome marialva, tão exclusivo à lusitana Língua como o é também a palavra Fado e o vocábulo saudade, fica a dever-se, por certo, ao Marquês de Marialva; se bem que não seja esse o fidalgo pelo qual indaga a Severa à alcoveta Tia Macheta...

O marialva é um produto português! desgraçadamente em extinção, como as próprias sociedades rurais...

O gosto pelas coisas da terra, pelo cavalo e pelo touro, caracterizaram, de algum modo, parte da nobreza rural que "às portas" de Lisboa vivia e na cidade, onde buscava divertimento, plasmava esse seu estar, de homem civilizado mas simultaneamente selvagem, tão bravio como a própria Natureza a que pertencia... era ele o homem de uma força telúrica, admirado pelas frágeis donzelas e cortesãs urbanas que estimavam essa lusitanidade e esse porte altivo que copiara das giestas...

O marialva, esse produto 100% nacional que fez escola - o Marialvismo, mas que não se internacionalizou, terá, como seu congénere estrangeiro, o playboy, este de características bem urbanas, que, em vez do cavalo, se desloca a centenas de cavalos, que em vez de casa no campo tem apartamento numa qualquer das mais badaladas estâncias de veraneio, que não se dá com fadistas, antes com pop-stars e que toureiros nem vê-los, toiro é animal que não gosta de encontrar, nem na tela... de resto, animais só em louça ou então os da mesma espécie...
Do cruzamento de ambos, temos notícia do surgimento de uns novos espécimens - os marialvas playboys, de que iria falar seguidamente, mas que, a conselho avisado da minha gata, a Fifi, me escuso agora de escrever, até porque como muito bem disse a gata "nem vem a propósito... estás-te a passar! ... Esse programa é logo à noite na Sic. Fala é do livro para ver se acabas com o assunto, que não tens falado noutra coisa!..."
Gata manda, humano obedece!
Concluindo, então,

O Fado Marialva é, já pelo assunto, já pela qualidade, um livro indispensável na biblioteca de qualquer português ou de qualquer um com alma lusitana!

Parabéns por esta inestimável Obra!

domingo, abril 19, 2009

ELSA LABOREIRO - "Lisboa à meia noite"


















Porque hoje é dia do seu aniversário... Parabéns!
Fadista residente do Luso, hoje podemos também ouvi-la aqui a interpretar "Lisboa à meia noite", um fado da autoria de Artur Ribeiro e de António Mestre.
Beijinho!
VÍDEO DE HOMENAGEM

sexta-feira, abril 17, 2009

O Fado no S. Carlos - II










Anunciada Gala do Fado a transmitir pela RTP1, Internacional e África.

Para o Fado, abro excepção e aí estou eu, frente ao televisor, tentando confirmar aquela primeira impressão de que a Gala decorre no S. Carlos... sim, é o Teatro Nacional de S. Carlos! Boas!, disse cá pr'a mim e pr'á Fifi, a minha gata que, como eu, adora Fado... ora nem de propósito o meu post do passado dia 10, acerca da representação da peça "O Fado" no S. Carlos, em 1915!

Pelo que as câmaras mostraram, pareceu-me que a assistência se comporia exclusivamente por convidados e que muitos, ou não teriam recebido os convites, ou teriam ido a outros espectáculos, ou então são dos tais que, nem no S. Carlos, não ouvem Fado!... que pena que a sala estivesse tão vazia!

Quanto aos fadistas, de que não se disse qual o critério de escolha, a abrir tivémos a Ana Moura, que quase não reconheci naquele seu novo visual, mas que continua a ser, para mim, a mais tradicional e autêntica das fadistas da sua geração; a fechar, o "tio" João Braga, que esteve muito bem, como só ele sabe, digam o que disserem, a brindar o poeta Alegre com duas letras de sua autoria... o que, nem por isso, lhe transformou o semblante pesado que em nada fazia jus ao apelido que carrega... "a vida costa!..."; a Carminho, acompanhada ao piano... perguntava-me a Fifi "mas porquê?" "-sei lá, respondia eu, deixa ouvir, que mesmo assim vale sempre a pena...", mas de facto a Fifi estava cheia de razão e até duvidou que eu a tivesse quando lhe atirei com uma outra possível explicação "-quem sabe se não estará aqui a representar o "fado fino", o que se cantava em salões, acompanhado ao piano..."; O Gonçalo Salgueiro, tão lindo, meu Deus, a voz, então, uma voz singular, linda também... que pena só cantar coisas da Amália, ou quase... merecia repertório próprio, nem deve ter dificuldade em arranjar quem lho escreva...; Jesus!, a Kátia, com Kapa, porque é que não continua a cantar como dantes, com as mãos e os braços presos atrás das costas?... era preferível, a sério, era a diferença; assim com toda essa gestualidade tão exuberante e, por vezes, "complicada"... melhor só ouvir, muito bem!

Prontos! Passou rápido demais. Deverei confessar, em abono da verdade, que esperava mais, uma gala"em bom", em grande, sei lá!, demais no S. Carlos!
Por isso,

Não saí do lugar, embora a Fifi estivesse impaciente para ir deitar-se, porque a seguir teríamos "Mariza and the story of fado" e eu sempre queria ver do que se tratava. Deveria ter acedido ao bom senso da gata... que bem sabe que a curiosidade se não dá muito bem com a sua espécie (e nem com a minha, direi).

Não terá sido, contudo, tempo perdido; devo admitir que fiquei encantada, por ex., com a prestação do Nery, que mostrou ser tão exímio a falar inglês, quanto o pai a tocar guitarra; a Mariza também se safa muito bem nesse idioma, sim senhor! agora, propriamente no que respeita à história do fado... é que me pareceu que nem mesmo a Salwa tivesse salvo a situação...
Já que, por causa deste documentário, se não venha a "descobrir" daqui a cem anos que o Fado, afinal, teve origem em Moçambique e que foi trazido p'rá Mouraria por um casal que, vindo de lá, ali se estabeleceu e tal e treta... já não será mau, valha-nos Deus!.... O fado já tem tantas hipotéticas origens... só faltaria essa!...
De relevar as belas imagens que este documentário, com selo da BBC, oferece.
Quanto ao resto, talvez eu não tenha percebido bem a história do fado, que os especialistas entenderam contar, não só porque domino mal o idioma de Shakespeare, mas também porque tinha que estar constantemente a ler as legendas à Fifi, o que, quer se queira quer não, desconcentra.
Dormi foi muito melhor com aquela certeza que o fado tinha vindo do Brasil!... Obrigada, senhores investigadores! Agora, sim, já se fica a perceber até muito melhor a história das novelas e assim... É confortável ganharmos certezas, tanto mais dada a dificuldade de as obter.
A vós, muito agradecida!

quinta-feira, abril 16, 2009

VOZ DE OIRO
















A "Voz de Oiro" do Fado - assim foi apelidada e assim ficará conhecida na História do Fado, a genial Berta Cardoso - não apenas em Lisboa, mas também no Porto, em todo o Continente e nas Ilhas, também no Brasil, em Espanha... e em África (1933).
Sobre esta importante figura do Fado, saiba mais aqui - http://www.bertacardoso.com/
Mariza, provavelmente a mais conhecida voz do Fado da actualidade, fez-se ouvir em Nashville, reconhecida "pátria" do country.
Haverá realmente interesse pelo Fado, em Nashville, nos Estados Unidos?, pergunta-se
Neste artigo http://www.anosaterra.org/nova/mariza-e-o-fado-na-music-city-.html, a resposta de Anton García-Fernández
o vídeo do fado premonitório - "Canção de Lisboa" ou "Fado Chic", uma letra de Luiz da Silva Gouveia, interpretada por Fernando Farinha na música do "Fado do estudante" .

sábado, abril 11, 2009

"DIA DE PÁSCOA" - Frutuoso França



















Desejando a todos uma Santa Páscoa, aqui fica mais este fado, a que já me referi em post anterior, aí se encontrando transcrita a letra



A interpretação é de Frutuoso França e a autoria, quer da letra, quer da música é do D.P.
VÍDEO DE HOMENAGEM

sexta-feira, abril 10, 2009

"O Fado" no S. Carlos




















Isso mesmo! "O Fado" no Teatro S. Carlos, em 1915

in Ilustração Portuguesa, Mar. 1915

sábado, abril 04, 2009

ALFREDO MARCENEIRO e MARIANA SILVA - "Amor campestre"



Escolhi este fado para, finalmente, exemplificar uma desgarrada. Cantar à desgarrada, significa cantar ao desafio, o que pode acontecer entre duas ou mais pessoas, sendo a letra, geralmente, improvisada e cantada, ou no Mouraria, ou no Corrido. Neste caso, a desgarrada é entre Mariana Silva e Alfredo Marceneiro, que é também autor da música e, embora o fado tenha sido gravado ao vivo, a letra não foi de improviso, é do consagrado poeta Henrique Rego.

VÍDEO DE HOMENAGEM