quarta-feira, fevereiro 03, 2010

MARIA AMORIM - "Lisboa Menina e Moça"

VÍDEO DE HOMENAGEM

Este vídeo de homenagem a Maria Amorim, que aqui lembro interpretando o conhecido "Lisboa Menina e Moça", de Ary dos Santos e Paulo de Carvalho, tem uma introdução feita pelo Dr. Godfrey Simmons, um súbdito de Sua Magestade, grande amante de Fado, como o próprio confessa.
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No castelo, ponho o cotovelo / Em Alfama, descanso o olhar / E assim desfaço o novelo / De azul e mar / À ribeira, encosto a cabeça / Almofada da cama do Tejo / Com lençóis, bordados à pressa / Na cambraia, de um beijo
Lisboa menina e moça, menina / Da luz que os meus olhos vêem, tão pura / Teus seios são as colinas, varina / Pregão que me traz à porta, ternura / Cidade a ponto luz, bordada / Toalha à beira mar, estendida / Lisboa menina e moça, amada / Cidade, mulher da minha vida
No terreiro, eu passo por ti / Mas da Graça, eu vejo-te nua / Quando um pombo te olha, sorri / És mulher da rua / E no bairro mais alto do sonho / Ponho o fado que soube inventar / Aguardente de vida e medronho / Que me faz cantar
Lisboa menina e moça, menina / Da luz que meus olhos vêem, tão pura / Teus seios são as colinas, varina / Pregão que me traz à porta, ternura / Cidade a ponto luz, bordada / Toalha à beira mar, estendida / Lisboa menina e moça, amada / Cidade, mulher da minha vida
Lisboa no meu amor, deitada / Cidade por minhas mãos despida / Lisboa menina e moça, amada / Cidade, mulher da minha vida

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Morreu a fadista Maria Amorim

Lisboa, 20 Dez 2003(Lusa) - A fadista Maria Amorim, radicada em Londres desde 1953, morreu hoje na capital britânica, vítima de doença prolongada, devendo o corpo ser cremado domingo, disse à Agência Lusa fonte familiar.
A fadista, que contava 67 anos, foi este ano homenageada em Londres, pelos seus 50 anos de carreira, e viu em Novembro editado um CD com os seus principais êxitos.
A fadista começou a cantar na Parreirinha de Alfama, de Argentina Santos, em Lisboa.
"A minha mãe era amiga da Argentina e comecei ainda nova a cantar e às vezes até ficava a dormir no apartamento por cima da Parreirinha", recordou Maria Amorim, em entrevista concedida à Lusa por ocasião da homenagem pelos 50 anos de carreira.
"O fado despertou-me interesse quando, ainda pequenina, ia espreitar os fados numa taberna próxima de onde morava. Nessa altura "escutava enlevada o Manuel Calisto, Joaquim Silveirinha, Manuel Gil, José Coelho, entre outros. Nomes da chamada 'Velha Guarda'", referiu na entrevista.
Nas lides fadistas, a criadora de "Já é tarde" (Joaquim Campos/ Alberto Rocha) era conhecida pela Migalhinha, alcunha que lhe advém de uma quadra que Fernando Farinha lhe dedicou.
Entre os fados que a celebrizaram contam-se "Fado de outrora" (José Marques/João de Freitas), "Esperas de gado" (Nuno Meireles/J.Freitas), "Vidas sombrias" (Túlio Penha/J. Freitas), "Fado nos arredores" (Hugo Vidal/J. Freitas) e "Eu nasci na Madragoa" (F.Farinha).
Em Londres, Maria Amorim participou em vários espectáculos e gravou discos com fados do seu repertório e outros mais conhecidos do público inglês como 'Casa Portuguesa', 'Lisboa à noite' ou 'Fado errado'.
AO/NL.

22 comentários:

Anónimo disse...

Olá
Já há algum tempo q. não escrevia nada neste blog, embora o visite regularmente ( ando sempre numa correria...)e quero agradecer-te adivulgação do fado e do(a)s fadistas.Maria Amorim não me lembro dela e por isso mesmo obrigada. Para quando uma verdadeira enciclopédia do fado e não só, nomeadamente detudo quanto lhe este relacionado? Mas à séria! que já há por aí muito lixo...
abraços
Eu

MLeiria disse...

Obrigada pelo coment., Eu!
...uma Enciclopédia do Fado!, tenho esperança que, mais dia menos dia, apareça por aí uma... com tantos investigadores que há para aí!...
Abraço
O

Anton Garcia-Fernandez disse...

Minha cara amiga Ofélia:

Excelente versão do conhecido fado "Lisboa, menina e moça", que eu só conhecia na voz do Carlos do Carmo. Esta versão da Maria Amorim semelha ter uma linha melódica ligeiramente diferente à do Carlos, e na minha opinião é uma versão mais castiça: gostei imenso, e mais uma vez, você vem me descobrer uma fadista que não conhecia. Além disso, a letra deste fado é uma verdadeira maravilha lírica, uma das mais belas homenagens poéticas a Lisboa que existem.

Por Memphis tudo vai muito bem e finalmente a Erin e eu estamos juntos depois da separação do semestre passado, o qual faz a nossa vida melhor e mais feliz. Este semestre estou a ter mais trabalho na universidade porque, além das aulas de espanhol estou a dar uma sobre literatura picaresca espanhola e inglesa. Quando tiver mais tempo, escrever-lhe-ei um e-mail um pouco mais extenso.

Beijinhos fadistas desde os Estados Unidos,

Antón.

MLeiria disse...

Viva, meu caro Antón
Tb eu gosto muito da interpretação deste fado pela Mª Amorim; tem muito casticismo na voz e vibra de saudade autêntica, longe da sua amada Lisboa, como esteve durante anos... é natural, por isso, que nem a conhecesse. Os fadistas,como a Mª Amorim, que mtºs houve, radicados no estrangeiro, eram cá pouco conhecidos; os media ignoravam-nos quase completamente... se algum dos nomes grados nacionais fosse pontualmente dar um espectáculo ao Olimpia, à RoundHouse ou assim, isso era logo notícia de primeira página e dava para se falar durante dias e ainda hoje... agora, dos artistas que regularmente nos davam fado e o deram a conhecer aos estrangeiros,nas Casas de Fado, a esses pouco se tem reconhecido o grande valor que por isso tiveram... alguns andam para aí esquecidos, até, e a passar mal... Por, isso, dizia eu, não me admira que não conhecesse a Mª Amorim que, antes de ir para Londres, esteve na Severa e noutras Casas de Fado, mas há bastante tempo... A letra é belíssima, pois é; tem a marca da excelência,do Ary.
Desejo que, por Memphis, tudo vos continue a correr o melhor possível e, eu, por Lisboa, cá fico à espera de mais notícias.
Bjs para ambos da
Tia O.

Anónimo disse...

Grande fadista que por caprichos do destino deixou Portugal e se radicou em Londres onde morreu, só não no anonimato graças à Agência Portuguesa de Notícias Lusa que se esquece de outros, infelizmente, mas aqui esteve bem. Ainda há meses morreu o grande Gabino Ferreira e nem uma linha!
Ai Deus e Ue

Anónimo disse...

Para haver notícia é necessário que algo aconteça ou vá acontecer, logo tem de haver um autor, um local, uma data e claro está a acção. Serve este intróito para explicar a responsabilidade que o ofício de informar implica. Não basta colocar “Morreu o fadista Gabino Ferreira” sem saber todos os dados inerentes ao facto “morte”. Quando e onde, de que morreu, idade, e também os pormenores que originam vários telefonemas para as redacções; onde é o velório, para onde vai o funeral, se há missa.
Para já não referir que para se dar a morte do Gabino Ferreira é necessário que se explique aos leitores de hoje quem foi o Gabino Ferreira, a importância que teve na sua época e no contexto fadista. Ou seja alguns dados biográficos esclarecedores.
Ora acontece que o Gabino Fereira terá morrido, e na Agência Lusa recebeu-se vários telefonemas a perguntar se confirmávamos a morte do fadista, mas nós não encontrámos meios de prova. Alguém credível, uma entidade que nos afirmasse que de facto tinha morrido, quando, onde e em que circunstâncias. Logo, logicamente, não há notícia.
Vim a saber já em Janeiro, através do incansável José Manuel Osório – a cujo trabalho presto aqui pública homenagem – que o fadista Gabino Ferreira tinha morrido a 18 de Outubro (se a memória não me falha), do ano passado e se encontrava sepultado no Cemitério de Paranhos (Porto). Só soube da morte do fadista que ainda cheguei a conhecer (calcule-se!) – e a título particular – cerca de três meses depois.
No caso da Maria Amorim – que também conheci – nada disto aconteceu. Maria Amorim morreu num domingo e apesar de estar de folga quando a fadista Julieta Reis, que foi sua grande amiga, me deu a notícia da morte de Maria Amorim comuniquei com a redacção e a minha camarada Alexandra Oliveira fez a notícia, aproveitando dados de anteriores notícias divulgadas pela agência sobre a fadista que se radicara em Londres, designadamente quando editou um CD. Tínhamos todos os dados. As circunstâncias da morte, quem foi a fadista e até declarações suas se quiséssemos usar.
Um caso idêntico passou-se mais recentemente com a fadista Maria Leopoldina da Guia que tendo nós sabido do falecimento prontamente noticiámos com todos os dados disponíveis.
Uma vez mais alerto aqui para a dificuldade que há em encontrar em tempo útil dados biográficos dos fadistas. Começam agora a surgir algumas informações na Internet, não querendo citar blogs ou sites.
Aliás a este propósito não resisto a referir a dificuldade que tive em saber a data da morte de Francisco Martinho, porque saiu um CD com fados seus. E até hoje não consegui e consultei várias fontes fidedignas desde à APAF ao José Luís Gordo, Mário Raínho, J.M. Osório, Academia da Guitarra, Maria Leiria, vários fadistas, Museu do Fado, etc..
Devo ainda acrescentar que sempre que sabemos e ainda é possível fazer notícia o tentamos fazer. Por exemplo a fadista Adelina Fernandes, falecida na Casa do Artista, que por vontade da família segundo a instituição, não divulgou o seu passamento (eu sei que a expressão é antiga), a Lusa deu notícia da sua morte, um dia após o funeral – ainda em tempo útil – e passo a citar parte da notícia.
«Lisboa, 29 Jul (Lusa) - A fadista Adelina Ramos, 82 anos, que foi proprietária do restaurante típico A Tipóia, faleceu sábado na Casa do Artista, informou hoje a Associação Portuguesa dos Amigos do Fado (APAF).
Na mesma nota, a APAF "lamenta o facto de o falecimento de tão insigne figura não ter sido divulgado por aquela instituição".
Fonte da Casa do Artista confirmou hoje à Lusa que Adelina Ramos faleceu sábado, tendo sido realizado o funeral segunda-feira da Igreja de São João de Brito para o cemitério do Alto de S. João. (...)».
Cara Maria Leiria e amigos fadistas tudo isto para que se conste!

nlopes@lusa.pt

Anónimo disse...

Talvez exorbitando da paciência dos leitores, mas em caso de ser uma maçada, passam à frente, reproduzo na íntegra a notícia saída da Adelina Ramos (troquei o apelido no comentário anterior), como exemplo.
«Lisboa, 29 Jul (Lusa) - A fadista Adelina Ramos, 82 anos, que foi proprietária do restaurante típico A Tipóia, faleceu sábado na Casa do Artista, informou hoje a Associação Portuguesa dos Amigos do Fado (APAF).
Na mesma nota, a APAF "lamenta o facto de o falecimento de tão insigne figura não ter sido divulgado por aquela instituição".
Fonte da Casa do Artista confirmou hoje à Lusa que Adelina Ramos faleceu sábado, tendo sido realizado o funeral segunda-feira da Igreja de São João de Brito para o cemitério do Alto de S. João.
A fadista foi a criadora de "Não passes com ela à minha rua", que Fernanda Maria popularizou décadas mais tarde, e do êxito "Ouvi cantar o Ginguinhas".
“Como fadista tinha um estilo peculiar, que congregava uma legião de fãs. Além de Ginguinhas, outro fado muito apreciado era o da Agualva”, disse à Lusa o poeta José Luís Gordo.
José Luís Gordo realçou que a sua casa de fados, A Tipóia, “era na década de 1960 uma das mais requisitadas, por onde passaram vários nomes e aonde se ia pelo convívio”.
Teresa Tarouca, José Ferreira Rosa, Casimiro Ramos, Carlos Ramos, Francisco Stofel, Maria da Fé, Manuel de Almeida são alguns dos fadistas que cantaram n'A Tipóia.
"Na década de 1960, até antes, foi um espaço de referência do fado e de tertúlia de poeta. Nos inícios da década de 1970, era um espaço onde pontuava o poeta José Carlos Ary dos Santos", ", assinalou o estudioso de fado Vítor Duarte Marceneiro.
Na década de 1970, "todas as noites como que em romaria ia lá, com o meu avô, Alfredo Marceneiro, que gostava de ouvir declamar o Ary e apreciava aquele espírito de tertúlia, pois passava por lá toda a gente de Lisboa, como dizíamos na época", recordou ainda.


NL.
Lusa/Fim.».

MLeiria disse...

Apenas para agradecer a preciosa informação aqui prestada pelo jornalista e estudioso de Fado, Nuno Lopes,cuja visita muito me honra, e precisar que o óbito do fadista Gabino Ferreira ocorreu a 26 do passado mês de Outubro, conforme se esclarece agora no Lisboanoguiness.
Acerca da "ignorância" em que todos andamos (uns mais do que outros) da res fadistica, seria insuficiente este blogue para disso tratar convenientemente, mas, quem sabe, se todos começarmos a trabalhar para um mesmo fim, em vez de cada um a puxar para seu lado, não conseguiremos fazer enfim Obra capaz e que a todos sirva...
Saudações Fadistas!

Anónimo disse...

Até eu já percebi que no mundo do fado é só rivalidades e desencontros depois de grandes abraços. Amigos muitos beijinhos e parabéns ao colega Nuno Lopes pelo eloquente e esclarecedor texto, com direito a exemplo.
Inez Benamor

Anónimo disse...

Ai Deus e Ue que ficaram todos num fole! Então a Ofélia vem acenar com um raminho de oliveira e propõe uma Sagrada União à Afonso Costa, que durou 406 dias. No meio do fado nem 6 dias duraria uma união dessas, até porque não tinha onde se acolher. No fado todos querem é brilhar e puxar lustros, mas daqui prestamos o nosso tributo à tão esclarecedora e arrebatada resposta do jornalista e também "estudioso" do fado Nuno Lopes, que até nem é dos que se empoleira apesar dos brilharetes que faz. (Aquelas conferências da Amália faltou lá a sua disciplina).

Anónimo disse...

Nunca a queridíssima Maria Amorim imaginou que originaria tanto debate. Já agora ela era da Madragoa, e a APAF podia lembrar-se de fazer algo sobre a fadista, assim como, já agora, do Gabino, do Manuel Calisto que também era da Madragoa, do Alfredo Duarte Jr., e de tantos outros como o Vieitas, o Carlos Ramos, e um rol de grande figuras de galeria do fado.

Manuel Morais, da Rua do Cura - Madragoaruplia

Anónimo disse...

Tanta confusão por tão pouco! Mas o jornalista zangou-se, polidamente, e com razão.
Maria Leiria a ver por todos os comentários este seu blog está a "mexer". Parabéns!
Duarte Matos

Anónimo disse...

Curiso ninguém da APAF veio apoiar o seu delfim. Porque será? Tudo tão calado...
Francisco Andrade

NL disse...

Curioso, fui hoje (11 de Fevereiro) informado pela presidente da APAF, Julieta Estrela de Castro que o Gabino Ferreira fadista está vivo e bem. Informação colhida por J. M. Osório - todas as pistas vão dar ao José Manuel - Gabino Ferreira vive em Paranhos e desejo que por mais alguns anos!
A troca de identidade terá sido eplo facto de haver outros Gabinos de apelido Ferreira.
NL

Anónimo disse...

Ai Deus e ue acudam que parece que o meio do fado se virou, até já é notícia esat nossa troca de palavras sempre com razões quems e infamou foi o Nuno Lopes que havia quem o achasse um "menino de coro". Mas teve razão e mais ainda quando afinal o José Manuel Osório - ilustre estudioso - tudo desfez e bem. Errar humano é, uma das máximas dos filósofos latinos.
O Marceneiro faz no seu blog mas não vem a este dar uma achega, ele que esclarece tudo. E o Zé?

MLeiria disse...

Meus Caros,
Vendo as coisas mais por uma perspectiva de Sagrada União (em que insisto, desculpem) até pode ser considerado providencial este deslize informativo que tanta celeuma tem provocado. É que, assim, se trouxe impressivamente à nossa lembrança este importante Homem do Fado que, felizmente, está ainda entre nós e com o qual, por certo, muito podemos aprender ainda; porque não "aproveitar" esta feliz circunstância e promover-lhe a devida Homenagem, registando o seu testemunho de tantos e de tão excelentes anos de Fado? Temos a benção de ter ainda entre nós um dos Fadistas da Velha Guarda e vamos perder o tempo a esclarecer o que está esclarecido?!... Melhor seria ganhá-lo mostrando de algum modo ao Gabino Ferreira o quanto a comunidade fadista lhe está agradecida e tentando saber junto dele tantas das histórias de Fado que estão por contar!...
Estou certa que ou a APAF ou o Museu do Fado, representantes capazes da Gente do Fado já estarão a tomar algumas medidas nesse sentido.
Saudações Fadistas!
O.

Anónimo disse...

Se o Gabino Ferreira está vivo e ainda bem! é fazerem uma festa, uma homaenagem aqui em Lisboa. O Museu do Fado podia fazer esse gosto a todos os amantes de fado, e juntar-se a APAF!
Manuel Morais
Rua do Cura - Madragoa

Anónimo disse...

Ora o que se quer é festa! Mas todos a merecem. O Museu não é só de alguns, mas de todos.
Carlos Romão

Anónimo disse...

O Marceneiro é que era o homem ideal para essa homenagem, e na mesma mesa juntem a Maria Leiria - merece-o - o José Manuel Osório - é mais que merecido - e o Nuno Lopes - que é esclarecido -.

José Regaleira

Anónimo disse...

Viva o Gabino Ferreira! Eu nem sabia quem era e assim passei a saber.

Zé do Pitróleo (amigo de todos)

rc.solucoes disse...

A todos os fadistas e amantes do fado um grande abraço. é com grande alegria minha que comecei a investigar e vejo comentarios sobre a minha querida tia Maria Amorim. Sou de Viana do Castelo terra do Candido Gil o marido meu tio, gostava de um dia efectuar uma homenagem ca em viana com alguns amigos do Candido gil e da Maria Amorim, (o Sr. nunes , A D. Julieta) alguns dos que tive o prazer de conhecer. Adoro ouvir a historia deles bem como todas as recordações que deixaram vivas .
A todos os que os conheceream e me poderem ajudar enviem-me historias fotos etc para rafaeldiasparente@gmail.com

Grande Abraço

Anon disse...

This record was made by my late husband, Abel Pereira (a great friend of Maria and Gil). Abel sang and played guitar on this record, too. He died 10 years ago today.