domingo, julho 10, 2005

Fadista Mariana Silva


Fadista Mariana Silva, cantando na "Parreirinha", acompanhada pelo viola José Maria de Carvalho e pelo guitarrista Costa Branco (1998)Posted by Picasa

Esta é, porventura, a fadista viva mais antiga (mas não a mais velha) que começou a cantar com a idade de 10 anos, no Monumental, na R. Carvalho Araújo, e era então conhecida como "A miúda do Alto do Pina".
Na 1ª página da revista Ecos de Portugal, de 1 de Maio de 1948, exibe-se a foto da "juvenil cantadeira" salientando-se que, embora contando apenas 14 anos, "está autorizada pela Inspecção Geral dos Espectáculos a cantar". Para que conste, acrescenta-se que foi o Coronel Óscar de Freitas quem, na altura, deu aquela autorização, mas com uma restrição: a pequena cantadeira só podia permanecer nas casas de espectáculo até às 23 horas.
Cantou (e encantou), durante mais de 50 anos, na maior parte das casas de fado do país, mas também em França, na Bélgica, na Alemanha e na Holanda.
Quando se retirou (1999), fazia parte do elenco da Parreirinha de Alfama, a casa de fados/restaurante pertencente a Argentina Santos, casa a cujo elenco já tinha pertencido, nos anos cinquenta, e de que também faziam parte Berta Cardoso, Lina Mª Alves e Júlio Vieitas, e era então propriedade de Alberto Rodrigues, que também escreveu letras para fados.
Do seu vasto repertório, os seus maiores êxitos terão sido os fados: A Minha Sina, de Henrique Rego e Alfredo Marceneiro; Erva da rua, de J.Linhares Barbosa e Armandinho; A Sina das Marianas, de J.Linhares Barbosa e J. António Sabrosa; Santa Mãe, de J.Linhares Barbosa e A.Marceneiro e Amar não é pecado, de Moita Girão e Pedro Rodrigues, para só referir alguns.

3 comentários:

Anónimo disse...

vejo-te de manhã ao levantar
veres ensonada o computador
vejo e imagino o teu pensar
(depois digo o resto)
dsf/poa

Anónimo disse...

Sempre disse que no Fado, havia muito para aprender e para conhecer. E CONHEÇO TÃO POUCO!
Uma vez, no antigo Teatro Luisa Todi de Setubal, hoje Auditório (nunca percebi porquê), cantei com Vasco Rafael perante uma casa cheia. No camarim, o grande fadista deliciava-me com as suas 'estórias' passadas em casas de Fado, que me faziam viajar até junto de algumas personalidades do fado que nunca vira pessoalmente.
Infelizmente, só hoje, E AQUI, tive conhecimento de que houve uma fadista Mariana Silva. Vou ver se procuro algo para ouvir dela.
Que pouco sei eu de Fado!

Abraço
Valeria Mendez

Anónimo disse...

Que bem que está a D. Mariana!