domingo, dezembro 04, 2005

QUEM DIRIA!

Ora adivinhem lá a identidade da personalidade citada:

"Ainda jovem, na fase em que tudo nos sorri, nada me fazia tão triste como a ideia de ter nascido numa época em que todas as honras e glórias eram reservadas a negociantes ou a funcionários do Governo."
"Eu não queria ser funcionário público.
Nem conselhos nem sérias admoestações (de meu pai) conseguiram demover-me dessa oposição."
"Eu queria ser pintor e de nenhum modo funcionário público.
E, coisa singular, com o decorrer dos anos aumentava sempre o meu interesse pela arquitectura."
"...Os obstáculos não existem para que capitulemos, mas para que os vençamos. ..."
"A fome participava em cada livro que eu comprava.
...
Batia-me constantemente contra a minha impiedosa amiga (fome). E no entanto, nesse tempo aprendi mais do que nunca.
... "
"Eu não sei o que naqueles tempos (em que fui operário) mais me horrorizava, se a miséria económica dos meus camaradas, se a sua grosseria espiritual e o baixo nível da sua cultura."
"Assisti a tudo isso (quadros de degradação no lar operário), em centenas de casos. No começo, sentia-me irritado ou enojado. Mais tarde compreendi toda a tragédia dessa miséria e as suas causas mais profundas.
Infelizes vítimas de péssimas condições sociais!"
"Ultimamente, eu tinha melhorado um pouco. A dor cruciante nos olhos diminuíra. Lentamente conseguia distinguir o que me rodeava. Podia alimentar a esperança de recuperar a vista, pelo menos ao ponto de alcançar, mais tarde, exercer qualquer profissão - o que eu não poderia era pensar mais em desenhar."
"Quando uma geração sofre de certos males que ela conhece e se contenta, como no caso do actual mundo burguês, com declarar levianamente que nada se pode fazer, está fatalmente condenada à destruição."
Um problema de visão que redundou num enorme problemão!...

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