domingo, julho 31, 2005
GATICES
Bertolina
Que saudades!...
"Se mereceste o seu amor, o gato será teu amigo - nunca teu escravo"
(Theophile Gautier)
sexta-feira, julho 29, 2005
Dá que pensar...
quarta-feira, julho 27, 2005
Esta noite choveu prata
...ou ouro, ou diamantes...
Quando acordei, só me conseguia lembrar da letra de um fado que diz assim:
Esta noite choveu muito
nas pedras da minha rua
depois vi nelas a sombra
que me parecia ser tua
Esperei que subisses a escada,
mas teus passos não ouvi
Lá fora, as pedras molhadas
pareciam chorar, chorar por ti.
... .... ....
De Eduardo Damas e Manuel Paião, criação de Fernanda Maria, mas que ouvi muitas vezes na voz de Flora Pereira, muitas noites no Nónó, um lugar que já teve o melhor elenco de Lisboa e onde "já fui muito feliz", como diz o Malato.
Hoje estou feliz porque choveu e por ter saudades daquele passado
Por isso, meus queridos, vos desvendo a autoria das quadrinhas do post anterior - são do nosso querido e genial poeta FERNANDO PESSOA.
Quando eu estiver ainda mais feliz vos direi a quem dedico a segunda ...
UM BOM DIA, se puder ser, ÓPTIMO!
Quando acordei, só me conseguia lembrar da letra de um fado que diz assim:
Esta noite choveu muito
nas pedras da minha rua
depois vi nelas a sombra
que me parecia ser tua
Esperei que subisses a escada,
mas teus passos não ouvi
Lá fora, as pedras molhadas
pareciam chorar, chorar por ti.
... .... ....
De Eduardo Damas e Manuel Paião, criação de Fernanda Maria, mas que ouvi muitas vezes na voz de Flora Pereira, muitas noites no Nónó, um lugar que já teve o melhor elenco de Lisboa e onde "já fui muito feliz", como diz o Malato.
Hoje estou feliz porque choveu e por ter saudades daquele passado
Por isso, meus queridos, vos desvendo a autoria das quadrinhas do post anterior - são do nosso querido e genial poeta FERNANDO PESSOA.
Quando eu estiver ainda mais feliz vos direi a quem dedico a segunda ...
UM BOM DIA, se puder ser, ÓPTIMO!
terça-feira, julho 26, 2005
Complete se souber
Duas quadras ao gosto popular de um genial poeta português que se chama_______________
Esta primeira quadra dedico-a a todos quantos me visitam neste sítio:
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
São dias que me desgraçam
Por me privarem de ti.
(19.09.934)
E esta vai direitinha para _____________________
Teu xaile de seda escura
É posto de tal feição
Que alegre se dependura
Dentro do meu coração.
(AGO.1934)
Esta primeira quadra dedico-a a todos quantos me visitam neste sítio:
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
São dias que me desgraçam
Por me privarem de ti.
(19.09.934)
E esta vai direitinha para _____________________
Teu xaile de seda escura
É posto de tal feição
Que alegre se dependura
Dentro do meu coração.
(AGO.1934)
sábado, julho 23, 2005
"Todos os Fados de A a Z" - Revista Visão
O Sr. Osório e a Visão brindaram-nos com mais um volume - o 12º - desta colecção anunciada, entre outras coisas, como "o primeiro dicionário de fados", "um trabalho de investigação verdadeiramente único", trabalho esse de pesquisa e investigação levada a cabo pelo autor José Manuel Osório, durante 20 anos...
Permito-me pensar que terão sido uns escassos 20 anos, uma vez que, embora não sendo os intérpretes o principal objecto desta colectânea, logo, da investigação do autor, como o próprio tem vindo a esclarecer, não terá havido tempo para investigar devidamente os dados biográficos dos intérpretes apresentados. Tenho vindo a apontar algumas dessas incorrecções detectadas, do pouco que sei de fado. Mas, desta vez, o Sr. Osório conseguiu surpreender-me - mandou às urtigas os cânones académicos e, como durante os 20 anos de pesquisa e investigação não encontrou informações sobre a fadista Eduarda Maria, nem a terá nunca encontrado no meio do fado (?), a que ambos pertenciam/e, aviou a receita sem complexos e premeia os seus leitores com a melhor, digo, a mais esclarecedora das informações:
Dados Biográficos- Nome completo: Maria Eduarda Leite dos Santos
NATURALIDADE: DESCONHECIDA
LOCAL DE ESTREIA: DESCONHECIDO
Ora esta!
Alguém fará o favor de me indicar no mapa estes locais ?
É que, debalde, já procurei.....
Obrigada, Sr. Osório, por assim contribuir para a minha cultura geral!
quinta-feira, julho 21, 2005
Loucura no Jansen !
E, sempre, para recordar o Fado, que faz parte da história de Lisboa, ou, se quiserem, recordar Lisboa, que faz parte da história do Fado...
Com letra e música do genial Júlio de Sousa, que lá por não ser lembrado como devia, também faz parte da história de Lisboa e da do Fado
É loucura querer-te bem
sou irmã da desventura
tinhas razão minha mãe
É loucura adorar-te
estar sedenta de ternura
sem mesmo poder beijar-te
Chorai, chorai
guitarras da minha terra
o vosso pranto encerra
minha vida amargurada
E se é loucura
amar-te desta maneira
quer eu queira, quer não queira
não posso amar-te calada
Hei-de ser sempre tua
hei-de subir e descer
os degraus da tua rua
Adorado, serei louca
mas a loucura é bem pouca
para o que tenho passado
Chorai, chorai
...
É loucura querer-te bem
sou irmã da desventura
tinhas razão minha mãe
É loucura adorar-te
estar sedenta de ternura
sem mesmo poder beijar-te
Chorai, chorai
guitarras da minha terra
o vosso pranto encerra
minha vida amargurada
E se é loucura
amar-te desta maneira
quer eu queira, quer não queira
não posso amar-te calada
Hei-de ser sempre tua
hei-de subir e descer
os degraus da tua rua
Adorado, serei louca
mas a loucura é bem pouca
para o que tenho passado
Chorai, chorai
...
domingo, julho 17, 2005
AGRADECIDA
A minha gratidão a todos quantos visitaram o site www.bertacardoso.com e se deram ao cuidado de comentar, o que é muito importante. Acrescida aos que, para além disso, divulgam nos seus blogues, os endereços, quer deste blog, quer do site acima referido, assim os dando a conhecer, o que também é extremamente importante.
Todos os comentários são úteis e necessários porque me permitem avaliar o trabalho produzido e fazer correcções, se for caso disso. Por isso, continuo a contar convosco.
As minhas desculpas pelo facto de ainda estar a ultimar alguns melhoramentos e funcionalidades, nomeadamente a nível do som.
Finalmente, aqui fica uma sugestão para uma visita a
onde encontrei um artigo (infelizmente) anónimo :"A Colecção Público 100 Anos de Fado", acerca daquela colecção. Primoroso! Parabéns ao autor!
sábado, julho 16, 2005
FADO em Segóvia
Segovia
No próximo dia 28, pelas 22,30h., no Pátio de Armas de El Alcázar, vai ouvir-se o Fado na voz de Argentina Santos.
Aqui fica o aviso para os apreciadores (il.dissoluto incluído) que talvez possam ainda ir assistir ao espectáculo... Mais informações em www.festivaldesegovia.org/20050728.htm
Até lá!.......
quarta-feira, julho 13, 2005
Citação
Há mais de 2000 anos, disse Gaius Julius Caesar (100 - 44 a.C.), mais conhecido por Júlio César:
"Há, nos confins da Ibéria, um povo que nem se governa nem se deixa governar..."
Alguém me saberá dizer que povo seria/será este a que J. César se referia ?
"Há, nos confins da Ibéria, um povo que nem se governa nem se deixa governar..."
Alguém me saberá dizer que povo seria/será este a que J. César se referia ?
terça-feira, julho 12, 2005
Imortalidade
Berta Cardoso, a Voz de Ouro do Fado
Faz hoje 8 anos que morreu Berta Cardoso.
Em sua homenagem, nasce hoje o site www.bertacardoso.com
Já pode ser visitado, mas está ainda em instalação...
Todos os comentários serão bem vindos.
segunda-feira, julho 11, 2005
domingo, julho 10, 2005
Destruição
SPITFIRE
Haverá ainda alguma coisa por arder, em Portugal ?
Os incendiários têm cumprido bem; nada tem escapado
e todos, sem darmos por isso, estamos já a pagar bem caro a destruição da flora e da fauna que os fogos vêm provocando...
Os incendiários continuam impunes e os outros, que combatem as chamas e/ou que vêm os seus parcos bens desaparecer, continuam a combater contra inimigos que não sabem quem são, onde estão, onde vão lançar o próximo rastilho... Não é isto também uma forma de terrorismo?
Vamos deixar arder o país todo ?!
Ninguém vai tomar medidas?
O que se passa para lá das portagens da Cidade não é importante, não interessa a maioria ?
Somos um país cada vez mais afastado das suas raízes, do contacto com o meio rural e isso cria distâncias perigosas da realidade.
Talvez que achemos mais dramático os recentes ataques terroristas, pelo nº de mortes imediatas e destruição de estruturas e equipamentos... É assim que valorizamos tudo- temos receio de uma salmonelose, mas nem nos lembramos da quantidade de contaminantes, que podemos estar diariamente a ingerir, porque os resultados não são imediatos e, daqui a alguns anos logo se verá... As estruturas e equipamentos refazem-se num ou dois anos, as árvores levam mais tempo a crescer... O Planeta respira melhor se não tiver que suportar grandes cidades e indústrias, mas sem verde não pode respirar... Destruir a flora do planeta é o mesmo que destruir os pulmões ao Homem...
E o pior disto tudo não é o eu estar convencida de que este país é constituído maioritariamente por uma população de pedantes, saloios e ignorantes; não ! Eu estou mesmo convencida de que a maioria dos Senhores incendiários sabem muito bem o que andam a fazer, como o fazem e porque o fazem. Só continuo sem entender o motivo de pouco mais se fazer, contra esta forma de terrorismo, para além do óbvio - apagar os fogos.
Fadista Mariana Silva
Fadista Mariana Silva, cantando na "Parreirinha", acompanhada pelo viola José Maria de Carvalho e pelo guitarrista Costa Branco (1998)
Esta é, porventura, a fadista viva mais antiga (mas não a mais velha) que começou a cantar com a idade de 10 anos, no Monumental, na R. Carvalho Araújo, e era então conhecida como "A miúda do Alto do Pina".
Na 1ª página da revista Ecos de Portugal, de 1 de Maio de 1948, exibe-se a foto da "juvenil cantadeira" salientando-se que, embora contando apenas 14 anos, "está autorizada pela Inspecção Geral dos Espectáculos a cantar". Para que conste, acrescenta-se que foi o Coronel Óscar de Freitas quem, na altura, deu aquela autorização, mas com uma restrição: a pequena cantadeira só podia permanecer nas casas de espectáculo até às 23 horas.
Cantou (e encantou), durante mais de 50 anos, na maior parte das casas de fado do país, mas também em França, na Bélgica, na Alemanha e na Holanda.
Quando se retirou (1999), fazia parte do elenco da Parreirinha de Alfama, a casa de fados/restaurante pertencente a Argentina Santos, casa a cujo elenco já tinha pertencido, nos anos cinquenta, e de que também faziam parte Berta Cardoso, Lina Mª Alves e Júlio Vieitas, e era então propriedade de Alberto Rodrigues, que também escreveu letras para fados.
Do seu vasto repertório, os seus maiores êxitos terão sido os fados: A Minha Sina, de Henrique Rego e Alfredo Marceneiro; Erva da rua, de J.Linhares Barbosa e Armandinho; A Sina das Marianas, de J.Linhares Barbosa e J. António Sabrosa; Santa Mãe, de J.Linhares Barbosa e A.Marceneiro e Amar não é pecado, de Moita Girão e Pedro Rodrigues, para só referir alguns.
sexta-feira, julho 08, 2005
"Todos os fados de A a Z" - Revista Visão
O volume nº 10 da colecção inicia com o Fado Magala, fazendo-se uma referência ao fado "Cinta Vermelha", do repertório de Berta Cardoso, letra de J. Linhares Barbosa, cujo manuscrito original se exibe e acerca do qual se concede ter sido um enorme êxito. No entanto, para ilustrar o Fado Magala exibe-se, na Faixa 1 do CD, não a interpretação de "Cinta Vermelha", por Berta Cardoso, mas a de Quadras soltas, por Fernanda Maria. É escolha do autor e ele lá sabe porquê...
Na faixa 2, para ilustrar o Fado Manuel Soares, reconhecendo J.M. Osório que "É, porém, na voz de Berta Cardoso, com poema daquele a quem chamavam o "Príncipe dos Poetas", João Linhares Barbosa, que este fado faz fulgurante carreira", é dada a ouvir uma versão de "Tia Macheta" pela fadista Maria de Fátima... É também escolha do autor e ele bem sabe porquê...
J.M.Osório tem a noção que estas suas escolhas (e outras anteriores) não deverão ser muito consensuais e poderão até levantar certas questões, pelo que, ele próprio se antecipa e se desculpa, como miúdo apanhado a cometer mais uma patifaria. Ora ouçamo-lo:
"OBS: Criado por essa grande cantadeira que se chamou Berta Cardoso. Alguns perguntarão: então porque não incluiu a versão da criadora? E eu tenho de responder, mais uma vez, que esta selecção não gira à roda de nomes de artistas, mas sim à roda de nomes de fados. ..."
E eu diria que tem dias, como a corrente!...
E, terminando, não quero deixar de, mais uma vez, chamar a atenção para o facto de todos os dados biográficos da fadista Mariana Silva se encontrarem errados (ver meu post de 17.06.2005) o que deverá ser entendido como uma falta de consideração por todos aqueles que compram a obra, não só para ouvirem fado, mas também para se informarem, nos quais me incluo.
Ninguém tem obrigação de saber tudo; é mesmo uma impossibilidade. Mas todos têm obrigação de informar com isenção e rigor.
Digo eu...
quinta-feira, julho 07, 2005
FIFI
Olá ,Valéria!
Muito agradeço a sua opinião a meu respeito e acho que deve ser óptima pessoa
Até um dia destes
Fifi
segunda-feira, julho 04, 2005
"O FADO É QU'INDUCA..." ?
Ah!, pois é!..........
Na revista «Cartaz de Lisboa» (1937), a letra que a seguir se transcreve, da autoria de J.Linhares Barbosa, foi um enorme sucesso na voz de Berta Cardoso:
Resposta a tempo
Em certa escola dum país 'strangeiro,
O mestre chama ao atlas um petiz
E diz-lhe: meu rapaz, com o ponteiro
Aponta nesse mapa o teu país.
O garotinho, então, não se embaraça...
Olha a carta da europa... e no final,
Orgulhoso, gentil, sereno, traça
Todo o nosso país continental.
Retorque o professor: - a tua terra
Julguei que fosse uma nação tamanha...
Tamanha como a França, ou a Inglaterra,
Como a Itália ou como a própria Espanha!...
Torna o garoto para o mestre-escola:
- Temos colónias, essas maravilhas;
Moçambique, Timor, Macau, Angola
E temos além disto muitas Ilhas !...
Pode sentar-se, diz-lhe o professor.
Todos sorriem desdenhosamente,
Mas o petiz... «Geraldo Sem Pavor»
Encara todos, rude, frente a frente.
E diz: - podem sorrir à farta, gargalhar
Porque o vosso despeito não me ofende.
É certo: «Quem desdenha quer comprar»...
Mas o meu Portugal nunca se vende.
Pobre petiz! Como estava enganado!...........
Na revista «Cartaz de Lisboa» (1937), a letra que a seguir se transcreve, da autoria de J.Linhares Barbosa, foi um enorme sucesso na voz de Berta Cardoso:
Resposta a tempo
Em certa escola dum país 'strangeiro,
O mestre chama ao atlas um petiz
E diz-lhe: meu rapaz, com o ponteiro
Aponta nesse mapa o teu país.
O garotinho, então, não se embaraça...
Olha a carta da europa... e no final,
Orgulhoso, gentil, sereno, traça
Todo o nosso país continental.
Retorque o professor: - a tua terra
Julguei que fosse uma nação tamanha...
Tamanha como a França, ou a Inglaterra,
Como a Itália ou como a própria Espanha!...
Torna o garoto para o mestre-escola:
- Temos colónias, essas maravilhas;
Moçambique, Timor, Macau, Angola
E temos além disto muitas Ilhas !...
Pode sentar-se, diz-lhe o professor.
Todos sorriem desdenhosamente,
Mas o petiz... «Geraldo Sem Pavor»
Encara todos, rude, frente a frente.
E diz: - podem sorrir à farta, gargalhar
Porque o vosso despeito não me ofende.
É certo: «Quem desdenha quer comprar»...
Mas o meu Portugal nunca se vende.
Pobre petiz! Como estava enganado!...........
domingo, julho 03, 2005
"Todos os fados de A a Z" - Revista Visão
Caricatura de Berta Cardoso
No nº 9 da obra em epígrafe, ilustra a pg. 16 um "negativo" da caricatura que aqui se exibe e que é cópia do original; o "negativo" não é, pois, reprodução da caricatura primitiva o que, em legenda, deveria constar ; entendeu, contudo, o responsável pela obra - J.M.Osório- deixar-nos nessa ignorância e também não indicar o autor do desenho. Como investigador que se preza, legendou: "Caricatura de Berta Cardoso por autor desconhecido." Agradeço a informação!......
A pgs. 28/29 trata-se do Fado Loucura, do compositor Júlio de Sousa (1906-1966), figura maior das artes, mas a quem também se não tem dado a visibilidade merecida. Nomeiam-se vários intérpretes, mas nem uma referência a Berta Cardoso... Será por ignorância? Não me parece... Aqui se complementa a informação (depois hei-de fazer contas consigo, ó Sr. Osório) .
Na 1ª página da revista Guitarra de Portugal de 30.OUT.1930, pode ler-se:
"No meio fadista,... Berta Cardoso chegou, cantou e venceu.
.............
Não a lançaram com adjectivações retumbantes de cartaz; ela mesma se lançou, mercê do seu próprio mérito.
.............
Mas onde atinge o máximo, onde vinca mais brilhantemente a melhor faceta da sua personalidade - é no «Fado da Loucura», com o qual sabe conquistar e dominar quantos a escutam, tal o sentimento inédito que lhe imprime, tal a originalidade que empresta a uma canção que o uso - e principalmente o abuso, tornaram quási banal.
Berta Cardoso fez do «Fado da Loucura» uma verdadeira loucura..."
As editoras discográficas para as quais Berta Cardoso gravou, parece não terem acautelado cópias das gravações, mas isso é outra história que, a seu tempo, será também contada...
Mas por seriedade intelectual e rigor histórico, seria bom que estes livros, que pretendem ser de referência, respeitassem, mais do que qualquer outro interesse, a verdade, não é ?
sexta-feira, julho 01, 2005
CASAR
Relembrando António Boto,
a propósito... ou a despropósito... ou mesmo de propósito....
Casar, mas, para quê se o casamento
Não significa o verdadeiro amor?
E se ele existe e seja como for,
Deixa de ser amor nesse momento.
Leva-se a vida, então, no sofrimento
De um conflito movido no torpor
Que amortece o respeito e esse pudor
Necessários a nós e ao sentimento.
Com restritas e raras excepções
O homem e a mulher andam no mundo
Ao sabor das mais doidas ambições.
E mutuamente, embora não pareça,
Desejam ambos libertar-se, a fundo,
Ou aguardam que a morte os favoreça.
(in Sonetos)
a propósito... ou a despropósito... ou mesmo de propósito....
Casar, mas, para quê se o casamento
Não significa o verdadeiro amor?
E se ele existe e seja como for,
Deixa de ser amor nesse momento.
Leva-se a vida, então, no sofrimento
De um conflito movido no torpor
Que amortece o respeito e esse pudor
Necessários a nós e ao sentimento.
Com restritas e raras excepções
O homem e a mulher andam no mundo
Ao sabor das mais doidas ambições.
E mutuamente, embora não pareça,
Desejam ambos libertar-se, a fundo,
Ou aguardam que a morte os favoreça.
(in Sonetos)
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