sexta-feira, setembro 11, 2009

XAVIER DE OLIVEIRA - "A Voz das Vozes"

VÍDEO DE HOMENAGEM

Que eu conheça, Xavier de Oliveira foi o único, no seu género, "especializado em vozes fadistas", embora também imitasse cançonetistas, como se pode constatar pelas selecção que fiz e apresento neste vídeo.
Recordar o Imitador Xavier de Oliveira

Xavier Pinto de Oliveira, nasceu a 18 de maio de 1939 na localidade de Quinta do Anjo perto de Palmela.
Oriundo de uma família de agricultores, logo de muito cedo se viu que tinha muito jeito para cantar, começou a fazer a sua primeira imitação por volta dos catorze anos, o artista que primeiro imitou e o que mais gostava era Luís Piçarra, que nessa altura estava no seu apogeu.
Em 1962, morava na Moita, e trabalhava numa oficina de automóveis, como electricista, é aí que numa festa têm a sua estreia em público, como amador, onde obtêm grande êxito e é incentivado a continuar, e acaba por ser descoberto pelo então conhecido locutor de radio Armando Marques Ferreira, que lhe dá mais motivos para se tornar profissional.
Já como profissional, é convidado em 1963 para actuar no Coliseu dos Recreios na Grande Noite do Fado, tendo obtido grande êxito.
Cantou em vários programas de radio, no programa “Serão para Trabalhadores” , na Emissora Nacional, no programa “Comboio das Seis e Meia, etc.
Teve várias actuações na televisão, no programa “Zíp Zip” e “Natal dos hospitais” .
Fez parte do elenco da revista “Na Brasa” com Humberto Madeira, Eugenio Salvador Elvira Velez, entre outros. Também actuou no estrangeiro, Estados Unidos da America, Alemanha, Franca, Espanha, e ainda nas ex.colónias, Angola e Moçambique.
Xavier de Oliveira, gravou 12 discos, sendo o primeiro em 1966.
Imitou grandes artistas de nomeada, destacando, Alfredo Marceneiro, Alberto Ribeiro, António Mourão, Fernando Farinha, Luís Piçarra, Nelson Ned, Roberto Carlos, Carlos do Carmo, Egidio, Eduardo Nascimento, Tony de Matos, Trintão da Silva, Frei Hermano da Câmara, Rui de Mascarenhas, Manuel Fernandes, Manuel de Almeida, Francisco José, etc.
Para alem da faceta de imitador também interpretou duas canções suas, o Fado Canção Rosa Moleira, gravado em 1966, e a canção Garotas de Agora, um dos seus grandes êxitos, em 1971.
Faleceu prematuramente, no dia 25 de abril de 1972 com 33 anos, entre Samora Correia e Benavente onde se ia encontrar com a saudosa Herminia Silva.

Luís Oliveira
(Filho)
in http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/, o blog de Vitor Marceneiro a quem, uma vez mais, aqui quero agradecer a cedência desta e outras biografias;
de igual modo, agradeço a Fernando Baptista, do blog http://fbfadoporto.blogspot.com/ por pôr à disposição a sua imensa colecção de capas de discos.

domingo, setembro 06, 2009

MARÍA DO CEO - "Amor de mel Amor de fel"

Uma das mais conceituadas fadistas em terras de Espanha, María do Ceo é portuguesa, filha de fadista, natural do Porto, mas residente na Galiza há muitos anos...
Para saber mais, pode ir aqui http://www.mariadoceo.com/biografia.php

Esta é uma das interpretações de que mais gosto deste inspirado fado, que tem letra de Amália Rodrigues e música de Carlos Gonçalves
VÍDEO DE HOMENAGEM

terça-feira, setembro 01, 2009

MARIA SILVA - "Fado Antigo"




VÍDEO DE HOMENAGEM




Fado de Lisboa (1928-1936), ed. Tradisom, col. Arquivos do Fado, vol I
A colecção Arquivos do Fado conta agora com 3 novos belíssimos CD's, que incluem uma quantidade considerável de inéditos das fadistas ERCÍLIA COSTA, MARIA ALICE e AMÁLIA. Saiba tudo aqui

sábado, agosto 29, 2009

CARLOS JOSÉ TEIXEIRA - "Horizonte sem quadras"

VÍDEO DE HOMENAGEM

Natural do Rio de Janeiro, onde nasceu em 20.05.1920, actor http://www.imdb.com/name/nm0854096/filmogenre , mas também fadista, com alguns discos editados, Carlos José Teixeira é a personalidade que hoje lembro, interpretando, no Fado Meia-Noite de Filipe Pinto, umas quadras de sua autoria.

quinta-feira, agosto 20, 2009

MAVILDA GONÇALVES - "Parreirinhas"

VÍDEO DE HOMENAGEM

Natural de Lisboa, onde nasceu em 1949, Mavilda Gonçalves encontrava-se há cerca de 35 anos no Brasil, onde faleceu no passado dia 3.

Estreou-se na "Tipóia", onde se apresentou por breve tempo dado que, com cerca de 24 anos, aceitou um contrato para o Japão, onde permaneceu por 6 meses, e daí foi para o Brasil, convidada para inaugurar, em São Paulo, a casa de fados "Abril em Portugal", que teve grande sucesso; apresentada no, já extinto, canal de televisão Tupi, actuando ao lado de grandes nomes da música popular brasileira, como Lolita Rodriguez, Mavilda Gonçalves fez uma brilhante carreira no Brasil, actuando em várias casas de fado do Rio de Janeiro e São Paulo, tendo-se retirado abruptamente em 1981, por motivos relacionados com a sua vida particular.

Com o fado "Parreirinhas", de Maria Nelson e de Casimiro Ramos, presto a minha modesta homenagem a Mavilda Gonçalves que, por outras terras, difundiu a nossa Cultura e a Alma Portuguesa, na Voz do Fado.

(Agradecimentos a: Fernando Batista http://fbfadoporto.blogspot.com/, José A. Soares e Fernando V. Alves)

domingo, agosto 16, 2009

MARIA DA CONCEIÇÃO - "Mãe preta"

(se carregar na imagem, para aumentar, reparará que se encontra escrito, em rodapé, "Visado pela Comissão da Censura"; eles nem queriam enganar alguém...:))

Em cima do acontecimento (salvo seja!), mas não me antecipando, como convém, às notícias dos profissionais, pareceu-me oportuno editar agora este verbete, acerca da cantadeira Maria da Conceição, criadora, em Portugal, do tema "Mãe preta", da autoria dos brasileiros Piratini e Caco Velho.

Em boa hora a etiqueta Estoril, na senda do que já vinha sendo feito, decidiu reeditar este e outros êxitos daquela fadista, assim reavivando as nossas fracas memórias, que agradecem... Parece que a Fundação Manuel Simões continua, deste modo, a política do seu fundador http://fadocravo.blogspot.com/2008_08_01_archive.html , facto que me parece ser motivo de regozijo para todos os amantes de Fado.

Acerca deste facto, pouco mais há a dizer do que o aqui http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/530894 brilhantemente noticiado por quem muito entende, entre outros assuntos, de jornalismo e fado, o jornalista Nuno Lopes, da Lusa, co-autor do grande sucesso "Fado Sempre!" http://fadocravo.blogspot.com/2008_12_01_archive.html, a quem daqui saúdo pelo seu constante labor em prol da res fadística.

Porém, e para além do vídeo, tenho a oferecer-vos a partilha deste documento da época, onde figura a letra do poeta, mas devida e convenientemente alterada pelos censores, a ver se conseguiam que a verdade fosse menos verdade!... É claro que a Censura acabou (?!) Mas, terá mesmo sido exterminado este seu reprovável modus faciendi?!... O desrespeito pelas autorias e pela Obra Intelectual é tal, que bem parece que, presentemente, esses censores até seriam premiados... precisamente, por uma dessas manhosices bem jeitosa a ver se passa, de quem se pensa o máximo e julga que os outros são todos burros e ignorantes... Pois é, bem pregava Frei Tomás!........:) Mas isso agora não interessa nada!... O que importa é que a confusão se desconfunda e que muitos dos que não sabiam e/ou dos que não queriam acreditar, fiquem agora a saber que, de facto, antes do enorme êxito que foi o "Barco Negro", na voz de Amália, com letra "à medida" de David Mourão-Ferreira, para o filme "Os amantes do Tejo", já tinha sido um enorme sucesso o "Mãe preta", na voz de Maria da Conceição, que ousou cantá-lo e gravá-lo, tal qual tinha sido escrito, naqueles perigosos e obscuros tempos em que descaradamente existia C. de C.... :)

E não me venham para cá com conversas que era por pura ignorância que o fazia!.... que nem sabia o que fazia... que não era de um modo consciente e assumidamente........ mas, afinal, a inteligência quando nasceu, foi só para alguns?! os outros são sempre uns tótós?!...
Ó Aluminati, que desconsideração!...

Por amor à Santa!...

VÍDEO DE HOMENAGEM


Plat.

sexta-feira, agosto 14, 2009

QUINITA GOMES - "Festa na Atalaia"


Queria muito aqui lembrar esta fadista e por isso me atrevo a fazê-lo com um registo fonográfico em mau estado (também, já não é o primeiro...), mas é o que tenho!...
Antes assim que nada, não é?
No verbete de 2 de Agosto de 2007 do Fadocravo, já eu tinha falado no nome da Quinita Gomes
http://fadocravo.blogspot.com/search?q=quinita+gomes , a propósito de uma ida ao Porto de uma representação fadista que Quinita integrou com, entre outros, o seu companheiro de então, o fadista Frutuoso França...

Hoje, lembro "uma das letras mais populares do repertório de Quinita Gomes", nome artístico de Joaquina Gomes, "Um passeio à Trafaria", da autoria do consagrado João da Mata, que foi também seu companheiro.

Quinita Gomes começou a cantar com apenas 8 anos de idade. A sua voz «velada e triste» fez-se ouvir na "Jansen", no "Solar da Alegria", no "Salão Artístico de Fados"... e no "Monumental", onde um dia se estreou uma outra fadista com apenas 10 anos de idade, Mariana Silva, "A Miúda do Alto do Pina", de quem foi Madrinha de Fado.

"Festa na Atalaia", assim se intitula este fado, que tem como autores João da Mata e Miguel Ramos, é do repertório e interpretado por Quinita Gomes

VÍDEO DE HOMENAGEM

quarta-feira, agosto 12, 2009

ARMINDA DA CONCEIÇÃO - "Não me chames trigueirinha"

Plat.

VÍDEO DE HOMENAGEM


Conheci Arminda da Conceição, há já alguns anos e há outros tantos que nada sei dela... Creio que já se encontrava "aposentada" e que, em Abril deste ano, estava de boa saúde, pelo que me foi dado ler no "Isto é Espectáculo".
Ontem tive dela a notícia que nunca gostamos de saber... Será mesmo verdade?!... pergunto. É que, embora já devesse estar habituada, de cada vez que acontece, fico incrédula e triste por este inexplicável alheamento, este silêncio da Gente do Fado... nem uma notícia, nada?!...
Lembro-a aqui, prestando-lhe a minha singela, mas sentida homenagem, interpretando este fado da autoria de João de Freitas e de Jaime Santos.

domingo, agosto 09, 2009

JOSÉ MANUEL BARRETO - "Senhora da Nazaré"

VÍDEO DE HOMENAGEM

"José Manuel Barreto tem um percurso no Fado que poderia ser apelidado de cinematográfico. Do menino do Barreiro que ouvia Fado no rádio do avô até ao palco das escolas, passando pelas reuniões de amigos no cumprimento do serviço militar durante a Guerra Colonial, este cantor foi criando uma reserva interior de sentimentos que ultrapassam muitas vezes a mera ficção das palavras no papel.

Corria a década de 70 e, nessa altura, o cantor já havia passado por diferentes palcos portugueses, inclusivamente o do Coliseu dos Recreios, na Grande Noite do Fado quando tinha apenas quinze anos. Após muitas deambulações na noite fadista de Lisboa, José Manuel Barreto, é convidado a conhecer a Taverna do Embuçado, na altura gerida por João Ferreira Rosa, onde conhece nomes importantes do meio, como Fontes Rocha, Francisco Perez “Paquito”, Pedro Leal e Alfredo Marceneiro.

Anos mais tarde, já na década de 80, Barreto conhece alguns compositores que o desafiam a gravar o seu primeiro álbum no qual participa um elenco de luxo: Joel Pina, Luís Pedro Fonseca e Fontes Rocha.

O seu último trabalho discográfico “Fado Santa Luzia” é o resumo de muitos anos a dar alma e sentido ao Fado e nele José Manuel Barreto reuniu músicos de peso.

Dono de uma voz e de um estilo que o tornaram inconfundível, Barreto é hoje uma referência nos circuitos conhecedores da canção urbana lisboeta, confirmando o velho adágio de que “o melhor fado é sinónimo de vivência, sem a qual a melhor arte não tem alma”. "

(in Algarve Digital)

"Senhora da Nazaré" é o fado que escolhi para aqui homenagear José Manuel Barreto. A letra e a música são de João Nobre .

terça-feira, agosto 04, 2009

ARMINDA VIDAL - "Fado das Touradas"


(in C.S.37)

Para aqui recordar Arminda Vidal, de quem não tenho qualquer registo fonográfico, esta letra de Amadeu do Vale, o "Fado das Touradas", da revista "Estrelas de Portugal", um dos grandes êxitos da fadista que o cantou ao microfone da Emissora. Aqui se lembram grandes nomes da Festa Brava, tais como o Calabaça, o Peixinho, O Fernando de Oliveira, o Zé Casimiro...

Este fado pode ouvir-se aqui

http://www.youtube.com/user/eradogramophone#play/all/uploads-all/0/LYofbs6mxNg

interpretado por Hermínia Silva.

E aqui http://www.youtube.com/watch?v=3q-1MSn0x_U podemos ouvir a bonita voz de Arminda Vidal, interpretando "O combóio da Beira Baixa".

terça-feira, julho 28, 2009

MANUEL BRANQUINHO - "Balada do Encantamento"

Esta "Balada do Encantamento" tem, para mim, encantos muito especiais e, por isso, aqui a incluo; penso que não desmerecerá o Fado, se bem que o de Coimbra, se como tal for apelidada...

Interpretada pelo meu amigo Manuel Branquinho, voz consagrada do Fado de Coimbra, esta balada, da autoria de D. José P. d'Almeida e Silva (Dr.), transporta-me inevitável e saudosamente ao tempo da minha juventude, da descoberta das sonoridades do Fado de Coimbra e depois do Fado de Lisboa, que era também cantado nas nossas tertúlias, principalmente os repertórios da então já veterana Mª Teresa de Noronha e da ainda principiante Tereza Tarouca.

Assim presto homenagem ao intérprete desta balada e à minha cidade de Leiria, onde mora a saudade e o encantamento...

Leiria dos Poetas e da Melancolia, Leiria do Marachão e do rio Lis, dos amores proibidos, do Castelo de Afonso, o Conquistador, de Dinis, o Lavrador, e da Rainha Santa Isabel, a que transformou o pão em rosas... antiga e misteriosa minha Leiria d' O Menino do Lapedo, do encantado vale!...

sábado, julho 25, 2009

LINA MARIA ALVES - "Fado da Vida"

Lina Maria Alves deixou-nos em 2007.
Conheci-a na "Parreirinha", de cujo elenco fez parte durante cerca de 40 anos.
Aqui fica a minha homenagem à criadora de "O cigano é só meu", provavelmente o seu mais conhecido sucesso.
Contudo, hoje recordo-a cantando este "Fado da Vida" da autoria de J. Frederico de Brito.

VÍDEO DE HOMENAGEM

quinta-feira, julho 16, 2009

RUI DE MASCARENHAS - "Saudade sem vida"

eva, Jan.54
Nota biográfica:
Nasceu a 14 de Dezembro de 1932, em Vila Perry na antiga colónia Portuguesa de Moçambique.Veio para o Continente aos 5 anos de idade, passou depois pelos Açores. Cursou Arquitectura, mas concorrendo a um programa de rádio(APA), na altura muito em voga e donde saíram muitos dos Grandes nomes da nossa Canção, ganhou!!!, mandou o curso ao ar e canta por todo o lado ; levado pelos Companheiros da Alegria de Igrejas Caeiro percorre Portugal e o Brasil. Vai para França e é o segundo Artista Português a Pisar o palco de L'Olimpia de Paris, a primeira seria Amália Rodrigues. Nesse tempo ir a esta sala de espectáculo era a consagração total de um artista. Hoje qualquer artista lá canta desde que pague o aluguer. Sinais dos Tempos. Ganha a Medalha de ouro Grand Prix de Cannes. De volta a Portugal grava " Os Pauliteiros do Douro" que ficará para sempre como o seu cartão de visita. Em todos os passatempos APA realizados no Ex-cinema Eden, é presença obrigatória. Parte para os Estados Unidos onde fica alguns anos com Sucesso, fala e canta em 8 línguas diferentes. Segue para o Canadá onde renova o Sucesso de cantor; a sua bonita presença e voz encantadora leva-o para o maior Teatro de Montreal onde, sendo o único Português em centenas de cantores e actores, representa com muito sucesso a Opereta " Viúva Alegre". Grava Discos no Canadá. O seu " Amor" e " Mourir ou Vivre" manteem-se longos meses no Top, são de facto grandes êxitos. A Fama chega a Portugal. Regressa com o "Encontro às dez" e " Maria Helena", como grandes sucessos. Mas é o eterno " Pauliteiros do Douro" a que mais entra no coração dos Portugueses. Ganha o 1º prémio da Costa Verde-Espanha. Contudo, os tempos de mudança, instalados no País após a Revolução de 25 de Abril, trouxe-lhe a ele como a muitos outros Grandes um crescente desencanto. A sua "estrelinha" começa lentamente a definhar... ainda canta nalguns cabarets... triste e desolado aponta culpas, sente-se injustiçado ( e foi)... pensou gerir a sua fama... mas actores... fadistas... cantores, todos Eles começam a ficar na prateleiras... não teem espectáculos. Hoje qualquer Modelo é actor... cantor... as próprias televisões promovem esses" artistas"; hoje tudo o que é Pimba... canta canções lamechas... tem padrinho ou afilhado. Vence. Os grandes estão esquecidos, eles que deram tudo por tudo subiram a pulso, tiveram lições de canto com os maiores professores, esses ficam esquecidos. As rádios perdem a força... pouca música Portuguesa passam...Tem que se pagar fortunas para gravar... gravando, não teem quem os promova. O passado não tem futuro neste País por vezes tão ingrato. Os políticos só querem os artistas para caçar votos. No dia 22 de Fevereiro de 1987, aparece morto em sua casa, no Porto. Embolia cerebral dizem uns... e outros nem nada dizem. Morreu uma Estrela. Um Cantor de Sucesso. Um dos Grandes entre os Grandes... e o silêncio cai na cidade. Ninguém hoje recorda RUI DE MASCARENHAS. Eu, que trabalhei ainda com ele no "Satélite", não deixarei de o relembrar e dizer que os " Pauliteiros do Douro" ainda existem.
(in http://www.fotolog.com/luisduval_20/69311547)

De facto, Rui de Mascarenhas celebrizou-se e é lembrado como cançonetista, "cantor romântico", sendo dessa área os seus mais conhecidos êxitos; mas, como acontecia na época com muitos outros, também cantou Fado, gravou fado e até cantou durante algum tempo numa Casa de Fados - a "Nau Catrineta", que viria depois a ser "O Poeta" e acabaria demolida... hoje está lá o sítio, em Alfama... É, pois, essa sua faceta de fadista, quiçá menos conhecida, que aqui vamos recordar com este fado tradicional, com letra de F. Peres e música de F. Viana.

Vídeo de Homenagem

 
Plat.

sábado, julho 11, 2009

ODETE MENDES - "O mundo que há em mim"

VÍDEO DE HOMENAGEM


Odete Mendes, nome artístico de Mª Odete Pessoa Mendes Novo Gomes, cantadeira e letrista, nasceu em Lisboa em 1943, tendo-se estreado como profissional em 1960, na casa de fados "A Márcia Condessa", encontrando-se a actuar n' "O Forcado" quando se retirou. Filha de um dos mais importantes violistas de fado do séc. XX - Alfredo Mendes (1907-1967) - carregou consigo o peso dessa responsabilidade, mas também a do talento com que igualmente o Fado a marcou.

Intérprete e autora da letra, Odete Mendes dá voz a este fado como convém -com alma, sentir e saber; a música é de João Mª dos Anjos.


Agradecimento

Ao investigador José Manuel Osório, pela gentileza de me disponibilizar o inédito da biografia desta cantadeira, permitindo-me a sua integral utilização, se assim eu o entendesse. Bem Haja!

sexta-feira, julho 10, 2009

UM PLAGIADOR


Há já algum tempo, encontrei no Ilustração Portuguesa este artigo, retirado de uma Ilustração, dos anos 30, a que o autor, o conhecido Repórter X - Reynaldo Ferreira, deu o sugestivo título "A Exportação do Fado Português... por grosso e em contrabando" (sublinhado meu). Trata-se, muito simplesmente, de um caso de plágio, levado a efeito por um estranho personagem de nacionalidade polaca, que durante algum tempo residiu em Lisboa e que, de tal modo apaixonado pelo Teatro de Revista e pelos sons do Fado, regressou com eles ao seu país onde os apresentou como se seus fossem!...
Por certo, nunca lhe terá passado pela cabeça que um português fosse a Varsóvia e, demais, fosse assistir a uma representação de uma das "suas" Revistas... Azar! Logo ele, que tanto cuidado tinha tido, que, ainda com algum "pudor", tinha ido plagiar para tão longe...
A ser verdadeira esta história, não terá tido bom desfecho... é que, deste polaco plagiador, Oswald Zelñick, não há qualquer registo de autorias, nem ninguém me soube dar notícia...
Terá sido, por assim dizer, exterminado!?
Afinal, por cá, outros há, continua a haver, que sem qualquer pingo de vergonha e alarvemente, nas barbas do autor, reclamam como suas autorias consagradas que (quase) toda a gente (re)conhece... e ainda assim são premiados!...
É mesmo caso para gritar: "-Ó pai, o Rei vai nu!..."
Ou, se preferir "-E esta, hem?!"...

domingo, julho 05, 2009

CARLOS DUARTE - "Teu vestido azul"



Filho de Alfredo Duarte "Marceneiro" e irmão de Alfredo Duarte Jr., Carlos Duarte (1921 - 1966) é, dos Marceneiro, provavelmente, o menos conhecido do grande público, tanto mais que
cantou o Fado apenas como amador.
Era frequentador assíduo dos retiros de fado, onde era muito considerado, sendo unânime a opinião, de todos quantos o escutavam, de que era um grande intérprete do Fado. São de sua autoria algumas letras de fados que interpretou; porém, a do fado, com que hoje o lembro, é da autoria de Henrique Rego, uma letra muito interessante, com um certo gosto e codificação petrarquistas, interpretada no Fado Mª Marques, da autoria de seu pai, Alfredo Duarte Marceneiro.
Vídeo de Homenagem