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domingo, março 31, 2013

MARIA ALICE - "Fado Loucura"



Vem este brevete a propósito do mais recente verbete do blogue "Soldado do Fado" onde nos é dado ouvir um dos fados das primeiras gravações, entre 1929 e 1931, de Mª Alice, disponibilizado em CD na Colecção "Arquivos do Fado", pela Tradisom; o fado "Vida Triste", tem letra de J.F. de Brito e é, nem mais nem menos, do que o Fado Loucura, música de Júlio de Sousa.



Aqui se confirma o que afirmei no meu anterior verbete, de Dezembro de 2005, e agora ratifico, acrescentando que seria de todo impossível ser este um fado de Lucília do Carmo, que o gravou, é certo, mas que só começou a cantar uns anos após a criação deste fado e cuja criadora também não foi Berta Cardoso, apenas foi a voz que o tornou mais conhecido e que mais conhecida ficou através dele. Os senhores estudiosos e investigadores de Fado, que muitos já são, sabem por certo a quem me refiro...
Como ora sói dizer-se, isto é assim e contra provas, não há argumentos... e provas há!
Relativamente às biografias, desta/e e doutras/os fadistas, que pululam em diversos blogues, sem devidamente indicar, em grande parte dos casos, a proveniência, as fontes, e que eu, ora transcrevo indicando o blog, ora linko, quase todas têm como fonte, ou o precioso livro de Victor Machado, editado em 1937, ou, noutros casos, a esforçada obra de Eduardo Sucena, de 1992; esta situação verifica-se igualmente a nível editorial, o que é mais grave, em obras posteriores àquelas datas, em que as biografias apresentadas pouco têm de investigação ou de inovação; são, praticamente, pouco mais do que cópias daquelas! Sei do que falo...
A assim ser, aqui têm a biografia de Mª Alice, a verdadeira, a elaborada por Victor Machado e constante do seu livro "Ídolos do Fado", a que aqui já me referi e a que agora volto a fazer referência... 
Nunca será demais!...
(verbete de 23.08.2009, reeditado)

quarta-feira, março 10, 2010

OH, DIVAS!...


Recorte da pg.72 do Livro4CD "Divas do Fado"

Bem me dizia a mim o coração que, depois daquele primeiro mau contacto com o supracitado livrinho, deveria ficar-me por ouvir a música e prontos!... mas a curiosidade, espreitando maldosamente, açoitava-me a vontade e... quando dei por mim já estava a ler e a revoltar-me, quase a cada linha que lia; porém, já que tinha caído na tentação, continuei... encontrando dislates atrás de dislates, até que, a páginas 72, encontro este enorme despautério de que aqui publico cópia, dando assim ensejo, aos meus muitos leitores, de, como eu, o verem "claramente visto", não vos deixando dúvidas do que claramente vi... Não acredito que, quem escreveu essas linhas, não saiba que o autor do citado livro, que em 1937 "traçou a biografia de alguns dos nomes da primeira linha fadista...", foi o escritor e jornalista A. Victor Machado e que o também escritor e jornalista Artur Inês apenas contribuiu com umas "Notas para um prefácio", sendo que o editor terá sido, creio eu, a Tipografia Gonçalves, igualmente editora de outras obras da mesma época e do mesmo autor...

Quero crer que este erro, bem como os outros que referi em verbete anterior e aqueles a que apenas aludi de um modo geral, como dislates, se deve simplesmente à falta de uma imperiosa revisão de texto... seja como for, parece-me que o Fado deve merecer o mesmo respeito que outras matérias e começa a ser tempo de ser tratado por Académicos, que não têm apenas o Diploma, mas que dão provas de que efectivamente o possuem... Isto de se dizer que se é historiador, por ex., e dar de seguida uma caterva de erros, é mais grave do que simplesmente se intitular investigador, embora nada o credencie enquanto tal...

Creio que a minha indignação é legítima e nem sequer exagerada! É que este livro, como outros que se têm publicado, igualmente crivados de incorrecções, servem, a mor das vezes, de consulta a estudantes da disciplina que acabam por reproduzir, nos seus trabalhos, essas tontices e, mais grave ainda, ficarem delas convencidos. É natural; se eu compro um livro acerca de biologia, escrito por alguém que é apresentado como especialista na matéria, em princípio, não vou sequer validar as informações prestadas, não é verdade?...

Espero que, desta vez, este meu verbete seja alvo de comentários, como o foi a matéria noticiada pelo Vitor Marceneiro, relativa ao Gabino Ferreira, assunto no qual, ao Marceneiro, apenas se pode apontar a sua ingenuidade, ao acreditar em certas fontes... de facto, o erro parece ter sido do J.M.Osório que encontrou uma certidão de um indivíduo com o mesmo nome do Gabino e a tomou como certa, divulgando-a, não tendo questionado as diferentes datas de nascimento... De todo o modo, nem o Victor, nem o Osório, detêm as qualificações académicas dos autores da colectânea em questão, o que, de algum modo, lhes alija a carga de responsabilidade.

E não vale a pena continuar a fazer de conta que o que se escreve num blog não tem a dignidade do que se escreve num BOOK!... Este é o veículo de informação do Futuro e eu, do cimo da minha provecta idade, já lá estou!... Mas não em "pontas"!... Estou com a humildade que o saber requer e trato toda a informação, que aqui costumo deixar, com o mesmo cuidado que sempre investi na docência, exactamente porque me respeito e a quem por aqui passa e igualmente respeito e amo a matéria de que trato - o Fado... Que faria se publicasse em Livro! É que, aqui, até dá para emendar; em BOOK, agora, nem com Errata! Só retirando e voltando a publicar!... Para já, oiçam os CD's. Não estão mal!...

Como nota de rodapé, apenas queria esclarecer que Berta Cardoso, também ao contrário do que se refere no livrinho, se manteve em actividade até à década de 1980 e não 1970, tendo, em 1981, após um curto interregno, regressado às casas de fado, convidada para "inaugurar", em Alfama, "O Poeta", de cujo elenco também fazia parte a grande Natália dos Anjos... e, em 1982, ainda gravou para o programa televisivo "Artistas".

Alea jacta est, Oh Divas!...

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

ÍDOLOS DO FADO




Uma Antologia que bem merecia ser reeditada, prefaciada pelo ilustre escritor e jornalista Artur Inez e que o autor, A. Victor Machado, inicia com a seguinte "dedicatória":

"Em João Black, Avelino de Sousa, João Linhares Barbosa, António Garcia, João Reis, Maria do Carmo, Ermelinda Vitória, Fortunato Coimbra, António Pedro Machado, Reinaldo Varela e Francisco Miguel Ramos, lídimos paladinos do Fado, abraço todos os poetas, jornalistas, cantadeiras, cantadores, guitarristas e violistas, novos e da velha guarda, que hajam contribuído ou venham a contribuir na nobilitação e engrandecimento da linda Canção lusa.

Lisboa, 1937 "

sábado, julho 19, 2008

ILDA SILVA - "Quem diz"

Natural de Lisboa, Ilda Silva estreou-se como cantadeira profissional no Café Mondêgo, em 1 de Março de 1936.
Cantou em vários cinemas e teatros, em festas de beneficência e em casas fidalgas e também nos afamados Retiro da Severa, Solar da Alegria e Café Luso, entre outros.
Fonte: "Ídolos do Fado", 1937, A. Victor Machado
*
Este fado, com que aqui a lembramos, tem letra de Carlos Conde e música de Pedro Rodrigues.
* *
"Quem diz que o fado se aprende
Não conhece, não entende
suas doces melopeias.
O fado, para ser fado,
deve correr misturado
no sangue das nossas veias.
/
Quem diz que o génio fadista
Só com palmas se conquista
Deve sofrer de ilusão
Fadista não é quem canta
É quem filtra na garganta
O que sente o coração
/
Quem diz que o Fado não é
Uma cadência de Fé
Duma toada imortal
Não conhece, com certeza,
A canção mais portuguesa
Das canções de Portugal
/
No Fado, p'ra se vencer
Não basta apenas fazer
O amparo de gente amiga
O que é preciso é ter garra
Abraçar uma guitarra
E cantar uma cantiga"
VÍDEO DE HOMENAGEM

domingo, novembro 11, 2007

Mª EMÍLIA FERREIRA - "Fado Corrido"

Mª Emília Ferreira é uma das consagradas cantadeiras cujo percurso artístico marcou a História do Fado das primeiras décadas do séc. XX. Contemporânea, entre outros , de Alfredo Duarte "Marceneiro", Berta Cardoso, Ercília Costa, Ermelinda Vitória, Filipe Pinto, Hermínia Silva, Júlio Proença, Madalena de Melo, Mª Albertina, Mª Alice, Mª do Carmo, Mª do Carmo Torres, Natália dos Anjos... a sua biografia, bem como a dos mais notáveis cantadores e cantadeiras do início do século passado, encontra-se num dos mais prestigiados livros da especialidade - "ÍDOLOS DO FADO", de A. Victor Machado (1937), um registo feito com intenção, permitindo ainda que todos esses "nomes perdurem na memória dos vindouros". De todos os que pertencem à História do Fado, alguns há de que já foi possível encontrar e recuperar antigas gravações, que são parte do Património Cultural Português. Refiro-me à colecção de discos "Arquivos do Fado", constituída por 6 CD's, elaborada pelo detentor de um espólio invejável de música portuguesa, nomeadamente Fado, e proprietário da Interstate Music, colecção editada em Portugal pela Tradisom http://www.tradisom.com/index.html , cujo Director, José Moças, editou também recentemente um blogue http://www78rotacoes.blogspot.com/ que tem como principal objectivo "criar um local de debate para os apaixonados" do 78 rotações.
Este fado, interpretado por Mª Emília Ferreira, encontra-se no Vol.I - Fado de Lisboa (1928-1936) - da Colecção acima referida, que regista ainda as vozes de Mª Silva, Alfredo Duarte, Madalena de Melo, Mª do Carmo Torres, José Porfírio, Ermelinda Vitória e Mª do Carmo. Os discos podem ser adquiridos on line, na Tradi-Loja, ou então na loja do Museu do Fado.
A editora deste blogue a todos deseja um especial dia de S. Martinho, comemorado com as tradicionais castanhas assadas ou cozidas, tanto faz, mas portuguesas s.f.f., regadas por uma "pingoleta", das que cantam, e tudo acompanhado ao som deste maravilhoso fado e outros, mas todos portugueses s.f.f. !
Tenha um óptimo Domingo!

sexta-feira, agosto 22, 2008

"Lembrança é quase presença"

Durante estes últimos meses, aqui foram lembrados ilustres fadistas, alguns da "velha guarda", outros contemporâneos e, desses, alguns ainda no activo. Lembrados foram também os poetas de fado e compositores musicais, alguns deles instrumentistas. Nesta "Tribuna do Fado" falta ainda incluir muitos que, espero, terei ocasião de lembrar de igual modo.

Só morrem os que esquecemos.
Estar vivo é ser lembrado (mas também pode ser "o contrário de estar morto", como diria a tia mais tia de Portugal e arredores).
Como disse o poeta, "lembrança é quase presença"!...

Recordámos os intérpretes:

Alfredo Duarte "Marceneiro"; Alfredo Duarte Jor; Alberto Costa; Amália Rodrigues; Ana Rosmaninho; António Rocha; Adélia Pedrosa; Artur Batalha; Adelina Ramos; Argentina Santos; António Mourão; António Mello Corrêa;

Berta Cardoso; Beatriz da Conceição;

Celeste Rodrigues; Carlos Duarte; Carlos Ramos; Carlos Zel; Cândida Ramos; Carlos do Carmo;

Ercília Costa; Ermelinda Vitória;

Flora Pereira; Fernanda Maria; Fernando Farinha; Frutuoso França; Fernando Maurício; Fernanda Baptista; Filipe Pinto;

Gabino Ferreira;

Hermínia Silva; Hermano da Câmara (Frei);

Ilda Silva;

Júlio Peres; Júlio Vieitas; Júlia Chaves; José Porfírio; José Coelho; Joaquim Silveirinha; José Freire;

Lucília do Carmo; Lina Maria Alves; Linda Leonardo;

Mariana Silva; Madalena de Melo; Maria Emília Ferreira; Maria Alice; Maria do Carmo Torres; Maria de Lourdes Machado; Maria José da Guia; Maria Amélia Proença; Mercês da Cunha Rego; Max; Manuel Calisto;

Natália dos Anjos;

Rodrigo; Raul Pereira;

Recordámos os autores:

António Botto; Armando Neves; Alberto Janes; Amadeu do Vale; Ary dos Santos; Amália Rodrigues; Artur Ribeiro; Alberto Rodrigues; Américo M. dos Santos; A. Pessoa; Alfredo Duarte "Marceneiro"; Armando Machado; Alberto Costa; Armando Freire "Armandinho"; António Chainho; António Mourão;
Baptista Lourenço;

Carlos Conde; Clemente Pereira; Castelo B. Mota; Casimiro Ramos; Carlos Gonçalves;

Domingos Gonçalves Costa; David José; Daniel Gouveia;

Eduardo Damas; E. Costa;

Fernando Teles; Fernando Farinha; Florbela Espanca; Fernando Pinto Coelho; Frutuoso França; F. Pinto do Amaral; Francisco Viana "Vianinha"; Frederico Valério; Fernando Peres; Franklim Godinho; Filipe Pinto; Francisco José Marques;

Gabriel de Oliveira; Guilherme Pereira da Rosa; Gabino Ferreira; G. Teles;

Henrique Rego; Hortense V. César; Henrique Perry; Hermano da Câmara (Frei);

Ivete Pessoa;

João Linhares Barbosa; Joaquim Frederico de Brito; João da Mata; João de Freitas; João Dias; Júlio Vieitas; Jorge Rosa; José Luís Gordo; Jaime Lúcio; José de O. Cosme; Jaime Santos; Jaime Mendes; J. Fontes Rocha; Júlio Calado; Júlio Proença; José Bacalhau; José Marques; J. António Sabrosa; J. Pereira; J. Fontes; J. Campos; J. M. Nóbrega; J. Negro;

Lopes Victor;

Maria Manuel Cid; Miguel Torga; Manuel Pardal; Miguel Ramos; Manuel Soares Portugal; Mário Silva; Mário Gonçalves Teixeira; Martinho d'Assunção;

Paco Gonzalez; Paulo Vidal; Pedro Rodrigues;

Raul Ferrão; Raul Portela; Raul Pinto;

Tiago Torres da Silva;

Vasco de Lima Couto; Varela Silva