VÍDEO DE HOMENAGEM
É da autoria de Jorge Ataíde este fado com que lembro Pedro Lisboa.
Lembras-te, mãe, quando eu ia para a escola / E levava na sacola as contas por fazer / E tu sabias que de tudo eu sorria / Pois o mal nunca via no que ouvia dizer / Lembras-te, mãe, quando brincava aos barquitos / E com outros pequenitos tudo era bom a valer / E agora, mãe, como o tempo já mudou / E tudo, tudo passou, que havemos nós de fazer? // Lembras-te, mãe, quando saía aos recados / Esquecido ouvia fados na telefonia da tasca / E tu pensavas que nem sequer te ligava / E só com a malta andava, saído fora da casca / Lembras-te, mãe, quanto te pedia a coroa / E corria por Lisboa direito ao Terreirinho / E o guitarrista que nessa altura lá estava / Somente me acompanhava se lhe pagasse um copinho // Lembras-te, mãe, quando saía da escola / Saltava, jogava a bola, e tu me ias buscar / Era gaiato, quando saía o portão / Ouvia -vê o calção, não queiras logo apanhar / Lembras-te, mãe, como sonhava deveras / Sem saber que tu eras o Natal que eu queria ter / E agora, mãe, como o tempo já mudou / E tudo, tudo passou, que havemos nós de fazer? // Lembras-te, mãe, como sonhava deveras / Sem saber que tu eras o Natal que eu queria ter / E agora, mãe, como tudo já passou / E se Deus já te levou, que hei-de agora fazer?