INFÂNCIA
Não minha mãe. Não era ali que estava.
Talvez noutra gaveta. Noutro quarto.
Talvez dentro de mim que me apertava
contra as paredes do teu sexo-parto.
A porta que entretanto atravessava
talhada no teu ventre de alabastro
abria-se fechava dilatava.
Agora sei: dali nunca mais parto.
Não minha mãe. Também não era a sala
nem nenhum dos retratos de família
nem a brisa que a vida já não tem.
Talvez a tua voz que ainda me fala...
... o meu berço enfeitado a buganvília...
Tenho tantas saudades, minha mãe !
1 comentário:
queria aqui fazer-te um desafio...
responde ao questionário e publica no teu blog
Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro querias ser?
Já alguma vez ficaste apanhadinho(a) por uma personagem de ficção?
Qual o último livro que compraste?
Que livro estás a ler?
Que livros (cinco) levarias para uma ilha deserta?
A quem vais passar este testemunho (três pessoas) e porquê?
E os vencedores são...
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