domingo, julho 30, 2006
N' "O Retiro do Malhão"...
... o Alfredo Marceneiro, à guitarra a fadista Mariana Silva e à viola uma empregada da casa .
Belos anos 50!
sábado, julho 29, 2006
FADO CRAVO
sexta-feira, julho 28, 2006
Um FADO ANTIGO
que podemos chamar Fado do abecedário
O A teve uma baralha
Na Travessa do Rosário
Acudiram ao barulho,
As letras do abecedário.
O B por muito pimpão
Não se receava de nada,
Logo à primeira paulada
Caiu de ventas ao chão;
O C que vê seu irmão
Andar c'os outros à salha,
Mete a mão, puxa navalha,
Cresce para cima do D,
E, para defender o G,
O A teve uma baralha.
O H, que viu o U,
Dá um sopapo à mão canha,
Pegam os dois à castanha
E ambos cairam de c...;
O P, que estava em jejum,
Pediu ao N usurário
Que lhe abonasse salário
Para descontar na féria,
Que o J estava à espera
Na Travessa do Rosário.
O R, coxo de um pé,
Estando d'ali desviado,
M apanha-o descuidado,
Atirou-lhe à falsa fé;
O O, que ouviu o banzé,
Quando chegou nada viu,
Ao mesmo tempo sentiu
Grandes suspiros e ais,
Foram as letras vogais
Quem ao barulho acudiu.
O F e mais o Q,
O X, o L e o H,
Todos à pancada ao K,
Por ter batido no Z;
O I, o L e o T,
Qual deles o mais vário,
Foram pedir ao contrário
Para no Y bater,
Que o E queria prender
As letras do abecedário.
(in História do Fado, de Pinto de Carvalho - Tinop)
O A teve uma baralha
Na Travessa do Rosário
Acudiram ao barulho,
As letras do abecedário.
O B por muito pimpão
Não se receava de nada,
Logo à primeira paulada
Caiu de ventas ao chão;
O C que vê seu irmão
Andar c'os outros à salha,
Mete a mão, puxa navalha,
Cresce para cima do D,
E, para defender o G,
O A teve uma baralha.
O H, que viu o U,
Dá um sopapo à mão canha,
Pegam os dois à castanha
E ambos cairam de c...;
O P, que estava em jejum,
Pediu ao N usurário
Que lhe abonasse salário
Para descontar na féria,
Que o J estava à espera
Na Travessa do Rosário.
O R, coxo de um pé,
Estando d'ali desviado,
M apanha-o descuidado,
Atirou-lhe à falsa fé;
O O, que ouviu o banzé,
Quando chegou nada viu,
Ao mesmo tempo sentiu
Grandes suspiros e ais,
Foram as letras vogais
Quem ao barulho acudiu.
O F e mais o Q,
O X, o L e o H,
Todos à pancada ao K,
Por ter batido no Z;
O I, o L e o T,
Qual deles o mais vário,
Foram pedir ao contrário
Para no Y bater,
Que o E queria prender
As letras do abecedário.
(in História do Fado, de Pinto de Carvalho - Tinop)
quinta-feira, julho 27, 2006
CATASTRÓFICO...
... O ENSINO EM PORTUGAL, não é ?
Recebi hoje um correio com respostas dadas por alunos em testes de diversos níveis e a várias disciplinas; algumas já são conhecidas, mas é sempre bom lembrar...
Tanta "criatividade" chega a ser preocupante. Provavelmente os professores, na sua maioria uns ineptos, é que nem sabem valorizar estas respostas que, afinal, são brilhantes:
- No começo os Índios eram muito atrazados mas com o tempo foram-se sifilizando;
(pois foram!...)
- Com a morte de Jesus Cristo os apóstolos continuaram a sua carreira;
(é um ponto de vista aceitável, não ?)
- A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos;
(o homem ou a mulher, OK?)
- A Terra é um dos planetas mais conhecidos no mundo;
(por demais evidente!)
- As constelações servem para esclarecer a noite;
(está certo! Esclarecer= tornar claro - Dic. Porto Editora)
- Ecologia é o estudo dos ecos, isto é, da ida e vinda dos sons
(no mínimo, 50%)
- Assexuada é a pessoa que não está nem do lado de cá nem do lado de lá;
(verdade! 100%)
- Preposição, conforme diz a palavra pela sua própria entomologia, é aquela que é colocada antes da outra que é mais importante;
(também, que diacho, mais entomologia menos etimologia...)
- Concordância é quando nós estamos de acordo com o que o outro disse.
(também não deixa de ser verdade...)
- Os ruminantes distinguem-se dos outros animais porque o que comem, comem duas vezes;
(brilhante, esta imagem!)
- Na Grécia a democracia funcionava muito bem porque os que não estavam de acordo envenenavam-se;
(e não foi só um nem dois! Democracias à maneira, era o que era!)
- As plantas distinguem-se dos animais por só respirarem à noite;
(é para se defenderem da poluição, claro)
- A caixa de previdência assegura o direito à enfermidade colectiva;
(Isto está mal, hem!?)
- Antes de ser criada a Justiça, o mundo era injusto.
(La Palice, não diria melhor)
- O nervo óptico transmite ideias luminosas ao cérebro;
(fala a voz da experiência...)
- Os antigos egipcíos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor;
(pois foi!...)
- Péricles foi o principal ditador da democracia grega;
(verdade!- todas as democracias têm o seu ditador...)
- O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades;
(100%)
- O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro de água;
(... e falavam! até é muito conhecido aquele tal de Sermão de Stº António aos peixes...)
E depois digam lá que o fado é qu'induca e o vinho é qu'instrói
Então, não???!!!
quarta-feira, julho 26, 2006
Outra Exposição
Exposição
Até 4 de Agosto, no El Corte Inglés, Piso 7, na Sala de Âmbito Cultural. A exposição, que traça uma perspectiva cronológica do fado, tem a colaboração do Museu do Fado; fonogramas de Mariza e de Carlos do Carmo animam o evento.
segunda-feira, julho 24, 2006
MARINHEIROS DE PORTUGAL
SAGRES, foto de Max
Na década de 30, Berta Cardoso celebrizou um Fado, com letra de Armando Neves e música de Miguel Ramos, que começava assim:
Marinheiro Português
De valentia sem par...
Tão valente Deus te fez,
Que não receias talvez
As ondas do alto mar!
... ... ... ...
Marinheiro lusitano
Eu canto a tua grandeza:
-Sobre as vagas do oceano,
Ao mundo mostras, ufano,
A Bandeira Portuguesa !
... ... ... ...
domingo, julho 23, 2006
Veleiros
O fado sempre andou muito ligado à gente do mar.
Muitos fados evocam os marinheiros, ou não fosse Portugal um país de marinheiros e fadistas...
Hoje, ao ver o grandioso desfile dos veleiros que largavam o Tejo, não pude deixar de me recordar do Fado do Marinheiro, grande sucesso de BERTA CARDOSO, na revista "Manda Ventarolas" (1941), com letra e música de João Nobre e cujo refrain diz assim:
Velas erguidas,
Naus destemidas
Vão para o mar.
Saindo a barra
Uma guitarra
Põe-se a chorar;
São marinheiros
Aventureiros,
Mais uma vez,
Que vão mostrar
Como este mar
É português.
Muitos fados evocam os marinheiros, ou não fosse Portugal um país de marinheiros e fadistas...
Hoje, ao ver o grandioso desfile dos veleiros que largavam o Tejo, não pude deixar de me recordar do Fado do Marinheiro, grande sucesso de BERTA CARDOSO, na revista "Manda Ventarolas" (1941), com letra e música de João Nobre e cujo refrain diz assim:
Velas erguidas,
Naus destemidas
Vão para o mar.
Saindo a barra
Uma guitarra
Põe-se a chorar;
São marinheiros
Aventureiros,
Mais uma vez,
Que vão mostrar
Como este mar
É português.
quinta-feira, julho 20, 2006
RECORDAR BERTA CARDOSO
Esta é a notícia do Público, de 18.06.2006, acerca da exposição, que decorre no Museu do Fado, sobre a carreira da fadista Berta Cardoso e de uma homenagem, promovida pela APAF, evocando a artista.
O interesse de que a exposição tem sido alvo indica que Berta Cardoso não é uma fadista datada. As suas criações continuam a fazer enorme sucesso, independentemente do ano em que foram produzidas. É esta intemporalidade um dos motivos que a guinda ao pódio da História do Fado.
domingo, julho 16, 2006
ARLANZA
Imagem retirada do site http://www.jackcasement.btinternet.co.uk/home.htm
Aproveite e dê uma olhada; a informação é de graça!
Uma Quadrinha para Domingo...
... da autoria do Conde de Sobral:
O Fado, tão maltratado
Por invejas e intrigas,
Ainda consegue ser Fado
Neste país das cantigas.
quinta-feira, julho 13, 2006
"Aúúúú...aúúúú fresquinha!"
ou "Há água fresquinha!", o pregão que, até finais do séc. XIX, qualquer cidadão acalorado e sequioso esperava ouvir para se dessedentar ou refrescar. Nesse tempo, o acesso à água não dependia de um gesto tão fácil- e hoje tão banal - de accionamento de um mecanismo de onde a água brota como de uma fonte... Nesse tempo, havia uma profissão, a que se dedicavam particularmente os galegos, a de AGUADEIRO. Profissão que obrigava a inscrição na Câmara e obtenção de autorização respectiva, bem como a uso de identificação- deviam trazer ao peito um emblema da cidade (como se observa na imagem). Para além de venderem porta a porta, ou a quem passava, o precioso líquido de que se abasteciam nos chafarizes de Lisboa e que transportavam em barris, os aguadeiros tinham ainda um papel fundamental no combate aos incêndios na Cidade, devendo diariamente, quando regressavam a casa, levar um barril completamente cheio de água, não fosse dar-se o caso de deflagrar algum incêndio a que tivessem de acudir.
Vem hoje, esta conversa dos aguadeiros, a propósito, não só porque está um calor qu'até assa canas ao sol, mas também porque me preocupa o facto de qualquer dia, o maravilhoso líquido escassear... Isso é que seria mesmo mau! Está visto que só valorizamos o que nos falta e, por isso, antes que falte, o que seria irremediável, acho que deveríamos encenar "O Verão da Falta de Água em Lisboa", 3 meses durante os quais a Grande Cidade seria abastecida por um pelotão de aguadeiros e ..., das torneiras, nem pinga!
Sinceramente, não há calor que aguente !...
domingo, julho 09, 2006
sábado, julho 08, 2006
Toro art
Las Guitarras Turquesas - acrylic on masonite - Toro
www.toroart.com
"Painting is an avenue through which my soul can travel."
sexta-feira, julho 07, 2006
AS PRAIAS DO FUTURO
segunda-feira, julho 03, 2006
MUNDIAL
Qual Fado, qual Fátima !... Não fora o Futebol e tínhamos lá merecido esta abundância de afirmação nacional!
Estes pobrezinhos nem estiveram com meias medidas - cada janela sua bandeira e já está- vestiram o Banco... de Portugal. Espírito Santo - capital nacional - Portugal mais Mundial.
Desde (como se diz agora) Fátima, N. Senhora tem distribuído jogo conveniente e desviado as bolas a preceito - umas para dentro da baliza, outras para bem longe.
O coração do país bate ao compasso dos jogos. Parece que só através do futebol nos conseguimos afirmar; parece que a única coisa importante é ganhar o mundial; enfim, somos um povo com um grande Fado!
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