Conta uma linda balada
Que um rei dum reino sem par
Vendo morta a sua amada
Quis o seu seio moldar
E pelo molde modelada
Depois de gasto um tesoiro
Nasceu a graça encantada
De uma taça toda d'oiro
E quando por ela bebia
Morto por se embriagar
Saudoso triste sorria
Com vontade de chorar
Certa noute imaculada
À luz dum luar divino
Deixou a corte pasmada
E fez-se ao mar sem destino
No mar ansiando a graça
De com a morta se juntar
Bebeu veneno p'la taça
E atirou a taça ao mar
Ao seu seio não há nada
Que se possa igualar
Nem a taça da balada
Que jaz no fundo do mar
Letra de Silva Tavares
Música e interpretação de Alfredo Duarte Marceneiro
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