sábado, maio 29, 2010

Veja as diferenças



"-Posso estar muito enganada, mas, ou é o Jaime Santos, ou o diabo por ele!..." , pensei eu para mim própria, já alterada...

De facto, a que estado chegámos!... Ninguém terá dado por este engano de palmatória, antes de este CD entrar no circuito comercial?!...

E autorias? Nem uma, umazinha ???!!!...

Pobre Fado, que caminhos percorre a(os)-braços com e de "vendilhões do templo"...


Agradecimentos ao grande coleccionador e divulgador de Fado, Fernando Baptista, do utilíssimo blog Fado em Vinil, que encontrou e me enviou esta "preciosidade", permitindo a publicação e correcção, para o que abaixo se edita uma das verdadeiras fotos do (verdadeiro) artista recordado no album. Este, sim, é o Carlos Ramos!




Topam as diferenças?!...

quarta-feira, maio 26, 2010

"A Origem do Fado"


É este o título do livro em que o investigador José Alberto Sardinha defende a tese da impoluta origem portuguesa do fado, livro brilhantemente apresentado pelo autor, no Teatro da Trindade no passado dia 17, e que constitui, por certo, valioso contributo para a Cultura Portuguesa, particularmente para a História do Fado, podendo mesmo confabular-se que O fado tem uma nova história .
Esta tese, da Lusitanidade do Fado, já houvera sido defendida por outros, no passado, como de resto foi referido pelo próprio J.A.Sardinha, permitindo-me eu salientar, de entre alguns, os nomes de Mario Saa, ilustre escritor, e o da notável filóloga Carolina Michaëlis de Vasconcelos, que só não terá "aprofundado"/ defendido convenientemente essa posição em razão de então ser o Fado, considerado pela Academia, um género menor, quer no que respeita à música, quer à poesia e, assim, não ser objecto digno de investigação aturada e consequente defesa de ponto de vista; lembremos que os poetas populares, que de tal se trata, mesmo já posteriormente, meados do séc XX, não tinham ainda lugar nas Selectas Literárias, nem mereciam a atenção dos doutos académicos... que, porém, os liam e, quiçá, admiravam...
Embora, para o entendimento e fruição do fado, não me pareça crucial apurar-se a verdade da verdadeira origem do fado, se é que isso seja possivelmente possível, parece-me, no entanto, de certo modo impossível que não tenha havido certas contaminações ou cruzamentos, que sempre tão aficionados nos temos deles mostrado ao longo dos séculos, e porque não neste caso?, ideia que Mascarenhas Barreto, na sua obra "Fado: Origens Líricas e Motivação Poética" bem defende e que aqui bem se analisa.
E mais não digo. O resto fica para dizer no livro que haverei de publicar quando tiver tempo para escrever, o que só irá acontecer quando já tiver ouvido todos os fados que ainda não encontrei... Por ora, resta-me concluir que, a crer no que advoga o Exmº causídico em causa, que daqui felicito, cumprimento e agradeço pela obra em epígrafe, sempre motivo haveria para se chamar ao Fado a Canção Nacional!...
Bons Fados!

terça-feira, maio 25, 2010

"A SEVERA"





D.L. 1955

Foi esta uma das apreciações feitas aquando da reposição d' "A Severa", de Júlio Dantas, no saudoso Monumental, em 1955, cabendo então a Amália o desempenho do "papel principal", tendo correspondido "perfeitamente à expectativa". Uma peça emblemática da dramaturgia nacional, uma "obra de arte... com figuras magistralmente definidas num ambiente e numa acção poderosamente evocativos", como aqui se reconhece, "um supremo requinte de estilo, de estétismo, como toda a obra de Júlio Dantas", "um padrão imperecível na literatura dramática portuguesa".

domingo, maio 23, 2010

ALBERTO RIBEIRO - "Coimbra"



Eva, Mai.1950

Esta é a história desconhecida (e muito curiosa) do actor e notável cançonetista Alberto Ribeiro http://www.macua.org/biografias/albertoribeiro.html
que aqui lembro interpretando "Coimbra"

VÍDEO DE HOMENAGEM

sábado, maio 15, 2010

ZITO - "Na Adega da Madragoa"

VÍDEO DE HOMENAGEM



"O nome José Eduardo provavelmente não dirá nada a ninguém. Rigorosamente mesmo nada! Mas se vos falar em ZITO, talvez se acendam umas luzitas aqui e ali, sobretudo nas gentes de Moçambique que gostavam de ouvir o fado. Pois é, este Zito de que vos falo era moçambicano e foi um dos expoentes dos valores artísticos moçambicanos no final da década de 60. Cantava o fado, naturalmente, e chegou a constituir uma moda na bela Lourenço Marques daqueles anos ir ouvi-lo à Adega da Madragoa, que se situava na cave do edifício onde se alojava o Clube dos Lisboetas (avenida Brito Camacho). Esta coleção engloba o primeiro EP, editado em 1968 (faixas 13 a 16), bem como o single aparecido dois anos depois (faixas 17 e 18), ambos gravados na África do Sul. Os primeiros 12 temas foram extraídos de um CD intitulado “O fado, é tudo o que sinto, mais... o que não sei dizer”, que mão amiga me ofertou (olá Carlos Santos!), o qual terá sido editado há alguns anos, também na África do Sul, onde suponho que o Zito se encontra presentemente a viver. Deixo-vos com as notas da contra-capa do primeiro EP:«Sem falsos transportes, porque eles pertencem escravizadamente ao berro (surdo) da sua dor e ao grito (louco) da nostalgia (que talvez esvoace nos corvos negros de que fala) aqui estão os primeiros quatro fados, em disco, do Zito. Ouvi-lo é a certeza de um encontro com uma procura de algo infinitamente certo para se definir mas que ele mesmo tenta em cada jeito. Oiçamos então. E (propositadamente) foi respeitada a respiração.» (S.L.A.)"


In http://ratorecordsblog.blogspot.com/2007/05/loureno-marques-fadista.html

Veja também

http://macua.blogs.com/o_fado_e_portugal/2004/08/19/

http://www.saweb.co.za/epa/zito1.html

Por curiosidade, aqui fica a letra de "Mozambique" (1975), por Bob Dylan

I like to spend some time in Mozambique / The sunny sky is aqua blue / And all the couples dancing cheek to cheek. / It's very nice to stay a week or two. / There's lots of pretty girls in Mozambique / And plenty time for good romance / And everybody likes to stop and speak / To give the special one you seek a chance / Or maybe say hello with just a glance. / Lying next to her by the ocean / Reaching out and touching her hand, / Whispering your secret emotion / Magic in a magical land. / And when it's time for leaving Mozambique, / To say goodbye to sand and sea, / You turn around to take a final peek / And you see why it's so unique to be / Among the lovely people living free / Upon the beach of sunny Mozambique.

e o link para o vídeo

http://videos.sapo.pt/DH3fBKPePGPzAYnbr92F

quarta-feira, maio 12, 2010

ALEXANDRA - "Água e mel"

VÍDEO DE HOMENAGEM

Notável, a interpretação de Alexandra deste belíssimo e emblemático fado que tem autoria de Carlos B. de Carvalho e de Miguel Ramos.

http://www.alexandra.com.pt/

http://www.marquesdase.com/

Entre os ramos de pinheiro / Vi o luar de Janeiro / Quando ainda havia sol / E numa concha da praia / Ouvi a voz que desmaia / Dum secreto rouxinol
Com água e mel / Comi pão com água e mel / E no vão duma janela / Beijei sem saber a quem/ Tenho uma rosa / Tenho uma rosa e um cravo / Num cantarinho de barro / Que me deu a minha mãe
Fui p´la estrada principal / E pela mata real / Atrás dum pássaro azul / No fundo dos olhos trago / A Estrada de Santiago / E o Cruzeiro do Sul /
Abri meus olhos / Abri meus olhos ao dia / Escutei a melodia / Que ao céu se eleva do pó / O vinho novo / Se provei o vinho novo / Se amei o Rei e o Povo / Meu Deus porque estou tão só?!

quinta-feira, maio 06, 2010

CARLOS MARQUES - "Carta a minha mãe"

VÍDEO DE HOMENAGEM

De Lopes Victor e de Nóbrega e Sousa, o fado "Carta a minha mãe", interpretado por Carlos Marques.

domingo, maio 02, 2010

AMÉRICA ROSA - "Minha mãe porque nasci"

VÍDEO DE HOMENAGEM

Com letra de José Guimarães e música de Pedro Rodrigues, trago-vos para hoje este fado, numa interpretação notável de América Rosa