"-Posso estar muito enganada, mas, ou é o Jaime Santos, ou o diabo por ele!..." , pensei eu para mim própria, já alterada...
De facto, a que estado chegámos!... Ninguém terá dado por este engano de palmatória, antes de este CD entrar no circuito comercial?!...
E autorias? Nem uma, umazinha ???!!!...
Pobre Fado, que caminhos percorre a(os)-braços com e de "vendilhões do templo"...
Agradecimentos ao grande coleccionador e divulgador de Fado, Fernando Baptista, do utilíssimo blog Fado em Vinil, que encontrou e me enviou esta "preciosidade", permitindo a publicação e correcção, para o que abaixo se edita uma das verdadeiras fotos do (verdadeiro) artista recordado no album. Este, sim, é o Carlos Ramos!
Topam as diferenças?!...
14 comentários:
Estou a ver a Fadista muito zangada por este facto. Até eu, sei que a fotografia é do Jaime Santos e não do Carlos Ramos!
É preciso de mais rigorosidade e menos desejos de lucrarse a costa do fado.
abraço fadista para minha admirada fadista.
jaume
Pois é, a falta de rigor e a ignorância perturbam-me... demais, se mescladas com a arrogância, também tão na moda, e a cultura do lucro fácil!
Que coisa!...
Bjs, meu caro barcelonense, mais fadista que mtºs lusitanos que, quiçá, o não são!
O
Estas situações devem ser denunciadas!
Não consegui controlar uma franca gargalhada quando li e vi o seu post! Sinceramente! Já é péssimo existirem trocas constantes nas autorias (quando constam), agora assim de cara chapada...!
Mas onde diabo foi desencantar essa edição?
Um beijo.
Peço desculpa pela minha correcção, mas a foto nem é do Jaime Santos nem do Carlos Ramos. É sim, dum tal Einstein, pois acho que já a vi no Museu do Fado. Creio que, em tempos, cantava ali para os lados da Estrêla. Trata-se de fados da época trovadoresca e daí a razão de não serem conhecidos os autores. Nem todos podem ter os conhecimentos de contabilidade, tão necessários para se poderem efectuar estas edições.
Isto, Comadre, vai de mal a pior... o que ainda nos pode valer é a inteligência de conseguir encarar a adversidade com algum sentido de humor... mas eu, que tenho o riso fácil e, bastas vezes, impolidamente sonoro, choro sempre interiormente quando casquino destes aleijões, este "corpus delicti", como tantos outros, que vamos encontrando no nosso tão abusado Corpo Cultural...
A Comadre, bem sei, achou piada ao verbete, pelo que me congratulo; mas aquela edição deveria ser retirada, como retirados deveriam ser todos os fonogramas, livros, revistas e etc que contivessem informação errada, dada a função pedagógica que, quer queiramos, quer não, tem todo esse material.
Não lhe parece?
Bjinho
O
Pois aí é que está! Anda um Mestre em Finanças a tratar do alinhamento em capas de discos e um Fiscalista a investigar da respectiva iconografia e depois, vá-se lá saber como e nem porquê, aparece a foto do Marquês onde deveria estar a do Ministro sem pasta, o que é aborrecido mas não tem mal nenhum... irrar é ómano, pá, p'rálem de que só não erra quem nada faz, de que se aprende com o erro e ainda de que temos que ser todos mais tolerantezitos, não é?
Só falta mesmo concluir pela falta que estes indivíduos nos fazem, tão inspiradores se tornam para textos tão interessantes como o seu e este meu, ó Dr!...
Digo bem?
Parece-me que vai sendo muito difícil de encontrar o meio termo neste país de desencontros, meias-verdades, inverdades e...falsidades!
Aqui há uns anos uma editora de livros escolares levou uma "talhada" de uns poucos de milhares de contos só porque, num dos textos da querida Sophia de Mello, as autoras se esqueceram de acrescentar ao excerto a nota "com supressões" e a família da dita não gostou do esquecimento.
Agora, pelos vistos, há uma obra a circular, com músicas de "geração espontânea" e fotos trocadas e ninguém dá por nada.
Ainda bem que estes espaços como o seu existem para agitar a bandeira e dizer que há gente atenta e honesta! Obrigada!
Um abraço
Esperança
Gente atenta e honesta, sempre vai havendo, mas... quem se rala com estes enganinhos de nada?!... quem se incomoda e denuncia, como eu faço, não fica nada bem visto por uma certa gente "importante e com enorme cotação" , bem o sei, mas por certo, cara Esperança, é mesmo para o lado p'ra k durmo melhor, como dizia o outro... Esperança é que não me vai faltando, de que os tempos mudem para melhor, mas, a bem dizer, já tive mais...
Abraço
O.
A propósito das frequentes trocas de fotos, de nomes de autores e de nomes de fados, ocorreu-me realçar aqui a observação que fez no post sobre as DIVAS.
Refiro-me à grande vantagem que adviria para todos nós se o Centro de Documentação do Museu do Fado estivesse on-line. Tal como actualmente se procede, torna-se tudo pouco prático. É necessário apresentar primeiro o assunto que se quer pesquisar e depois aguardar que nos contactem para marcar o dia em que lá poderemos ir. Isto para já não falar num possível alargamento do horário dos serviços…
Nem imaginava ser tão difícil a consulta de doc.s no MdoF... pensei que já tivessem tudo informatizado e disponível na hora a quem quisesse consultar...
Enfim!
Então quer dizer que não é possível pesquisar sobre tudo e sobre coisa nenhuma? Estou tramada... O horário do serviço é absolutamente proibitivo. Ainda por cima ligam de volta a marcar o dia!? Senhores...! Este género de funcionamento não é propriamente incomum mas nos dias de hoje já não faz muito sentido.
Raul Nobre, apoiado!
Cara comadre, retirar esse material todo do mercado parece-me um tanto ou quanto irreal. O melhor seria detectar os erros antecipadamente, isso sim.
Neste verbete, eu não sei o que me fez rir mais; se ver ali a figura de Jaime Santos ou notar o péssimo mau gosto na concepção gráfica da edição. É que, convenhamos, o ser humano também se alimenta com os olhos, podendo haver pessoas mais sensíveis que outras a questões de ordem estética. O trabalho "artístico" envolvido nesta edição, sim, fez-me chorar.
Comadre
Por certo não seria a 1ª vez que se mandava retirar material, por se terem verificado erros, muito menos graves do que este, até... mas, claro, isso noutros tempos, outras gentes!... É evidente que o preferível seria detectar os erros, antes da obra ser posta a circular, mas creio bem que, presentemente, as incorrecções conseguem com facilidade passar as malhas da "revisão", vá-se lá saber porquê... O gosto duvidoso da concepção gráfica da edição está, em grande parte associado "ao resto"... não é?, em minha modesta opinião, estas situações é que deviam ser objecto de intervenção por quem de direito... sp se poderia mandar retirar, emendar o que não está correcto e voltar dp a lançar o produto no circuito comercial; isso seria respeitar quem compra; respeitar-se na qualidade de editor competente, que obrigatoriamente tem a noção que o negócio cultural não deve fazer-se do mesmo modo nem reger-se pelas mesmas leis do negócio do "pitrol", obrigaria a que, quem lançou este mimo, o tivesse retirado assim que deu pelo gato... Este e os outros...
Realmente, não são maneiras de se tratar o fado e muito menos quem já não está entre nós. A isto eu chamo uma grandecíssima falta de respeito por parte da editora que lançou esta vergonhosa coleção porque, na minha opinião, quem a concebeu não percebe mesmo nada de nada de fado. Cumprimentos.
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