domingo, março 12, 2006
OUTRO FADO
A LUA E O CORPO
Eis que a lua devagar te vai despindo
Atrevendo uma carícia em cada gesto
De igual modo é que a nudez te vai despindo
E o teu corpo condescende sem protesto
Mal os ombros se desnudam surge o peito
Logo o ventre no desenho da cintura
Cada músculo detém o mais perfeito
Movimento em sincronia com a ternura
Já as ancas se arredondam e projectam
Sobre as coxas, sobre os vales, sobre os montes
Onde as vidas noutras vidas se completam
Quando o tempo é um sorriso ou uma fonte
Fica a roupa amontoada junto aos pés
Quer dos teus, quer dos da cama que sou eu
Estende a mão, apaga a lua que a nudez
Do teu corpo fica acesa sobre o meu
(Letra de Rui Manuel; Música de Alfredo Marceneiro)
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