Em 1936, a cantadeira Cecília de Almeida, é assim lembrada na Guitarra de Portugal.
"Filha do Bairro Alto", Cecília de Almeida estreou-se como cantadeira, em 1930, no «Salão Artístico de Fados», no Parque Mayer,
1931
Das suas criações, destaca-se o fado-marcha "Mimi", cuja música se deve ao guitarrista João Fernandes e a letra a J. Linhares Barbosa,
mas actuou também no «Moinho Vermelho»,
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no «Salão Sul América»
e no «Salão Jansen»
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Integrou o «Grupo Artístico de Fados Maria do Carmo»
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e a «Troupe Artística de Fados»
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tendo participado na festa de homenagem à distinta cantadeira Deonilde Gouveia,
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Das suas criações, destaca-se o fado-marcha "Mimi", cuja música se deve ao guitarrista João Fernandes e a letra a J. Linhares Barbosa,
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cantado no «Solar d' Alegria» onde, ao tempo, também actuavam Maria Albertina e Hermínia Silva, entre outros
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Este fado foi inclusivamente dramatizado e levado a cena, num espectáculo em que Cecília d'Almeida não participou, vítima que foi de "doença repentina"
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Em 5 de Agosto de 1931, festeja-se a "insinuante cantadeira" no «Salão Artístico de Fados» onde pontificam Armandinho e Georgino de Sousa
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Nessa noite, Cecília de Almeida, a festejada, terá interpretado algumas das suas mais admiráveis criações, dentre as quais "Bate n'aquilo que é seu", uma letra de Linhares Barbosa com música de Guilherme Coração,
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um fado que Hermínia Silva também gravou, com o título "Plágio", dada a autoria a Domingos Costa
e muito posteriormente Mª José Ramos também gravou como "Amo um fadista a meu jeito".
Em 1931, Cecília de Almeida, Ercília Costa, Berta Cardoso, Armandinho e Georgino de Sousa gravam, em Madrid, para a "Odeon", alguns dos seus maiores êxitos.
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Para além dos já acima referidos fados, Cecília gravou "Justiça humana" e "Ruas do meu bairro"
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Em 23 de Janeiro de 1932, na coluna "Doentes" da "Guitarra de Portugal" prenuncia-se o lamentável e por certo inesperado desfecho ocorrido em pouco mais de uma semana - Cecília que então se encontrava "abalada de saúde", morre a 2 de Fevereiro desse ano,
G.P.
D.L.02.02.32
deixando na comunidade fadista um imenso pesar pela prematura partida da tão talentosa "Cotovia".
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Essa voz, nesses quatro fados, pode agora ouvi-la aqui
Aqui ficamos com o "Ruas do meu bairro" que termina com estes versos: "Vivo à espera da morte / Lá na travessa da Espera"... espera que não se fez esperar, hélas!...