sexta-feira, janeiro 31, 2014

"É OU NÃO É?"...

ORIGINAL?!...  Provavelmente não era isso que a Mariza queria dizer..., mas, se era, então aqui fica o desmentido,  que muito bem se demonstra neste vídeo, de António Vilhena, que reproduz a afirmação da fadista e integra a versão original, a de AMÁLIA!


Digam lá se é assim ou não é?
Ai, não, não é!
Ai, não, não é!
Digam lá se é assim ou não é?
Ai, não, não é! 
Pois é!

Pois é! será um dos best of , mas de Amália!...

sexta-feira, janeiro 17, 2014

"Mais um fado... na dúvida"


Este fado, que Flora Pereira aqui interpreta na Marcha do Marceneiro e que ouvi muitas vezes cantar ao vivo, gravou-o ela com o título de "Eternos amantes" e, no registo que tenho, é dada a autoria da letra a J. Linhares Barbosa. Desconheço quem é o/a criador/a deste fado e também quem mais o terá gravado.

Apareceu depois este tema na voz de mais novos fadistas, como é o caso desta interpretação a duo pela Mariza e Camané, no Perseguição de Carlos da Maia, com o título de "Mais um fado no fado", sendo atribuída a autoria da letra a Júlio de Sousa ...
E, claro, este é mais um fado cuja autoria me deixa com dúvidas... Afinal, quem será o autor desta letra? 
O Júlio de Sousa ou o Linhares Barbosa? 

 

Isto é bem verdade- não há uma sem duas, nem duas sem três... e assim é que, do amigo Fernando Batista do Fado em Vinil, recebi a preciosa informação de uma outra versão deste mesmo fado, a nível do título e do autor da letra. Interpretado por Madalena Ferraz, o fado é apresentado com o título "Eu sei" atribuindo-se a autoria da letra a Clemente Pereira. 


No que exclusivamente respeita à letra, repare-se que a que Mariza e Camané interpretam tem algumas várias diferenças do presumível original o que, diga-se em abono da verdade, não é raro verificar-se em fado, pelas razões que todos nós sabemos, acrescidas, neste caso, dada a rara circunstância de uma autoria tripartida :) ... 

quinta-feira, janeiro 09, 2014

"O FADO, canção de vencidos"

D.L.

Entrevista a Luiz Moita, no D.L. de 8 de Janeiro de 1937, acerca do seu livro "O Fado, canção de vencidos" 


com ilustrações de Bernardo Marques



Para Luiz Moita, um europeísta da época, o Fado é "a  canção dos lisboetas menos cultos", a denominada "canção nacional" que "tantos investigadores apontam de origem negróide", é "essa canção urbana reveladora dum ambiente mental estreito e duma ausência penosa de estímulos sadios"... Enfim, para Luís Moita, era fundamental uma "renovação" (ou seria "refundação"???), seja, uma "renovação mental dos portugueses", ideia de que António Arroio terá sido o percursor


Parece que essa "renovação mental" não terá corrido muito bem (ou talvez sim, quem sabe?) e que esta "refundação" não correrá muito melhor (ou talvez, quem diria???...)

- Desculpe!?... Política?!... Claro que estou a falar de Fado!... Agora, se acha que são compartimentos estanques, olhe, refunde-se! (ou como queira, "refade-se"!...)

E tenha um bom ano (que não há nada pior que viver sem esperança ... -Diga?... -Não, não é essa, a outra!...), um fabulástico 2014 encantado de bons Fados!

E não se esqueça que sempre haverá um qualquer Luiz atrás de uma Moita e que, por isso mesmo, é  necessário caminhar com cautela, particularmente quando chove e o piso está escorregadio... :)