D.L.
Entrevista a Luiz Moita, no D.L. de 8 de Janeiro de 1937, acerca do seu livro "O Fado, canção de vencidos"
com ilustrações de Bernardo Marques
Para Luiz Moita, um europeísta da época, o Fado é "a canção dos lisboetas menos cultos", a denominada "canção nacional" que "tantos investigadores apontam de origem negróide", é "essa canção urbana reveladora dum ambiente mental estreito e duma ausência penosa de estímulos sadios"... Enfim, para Luís Moita, era fundamental uma "renovação" (ou seria "refundação"???), seja, uma "renovação mental dos portugueses", ideia de que António Arroio terá sido o percursor
Parece que essa "renovação mental" não terá corrido muito bem (ou talvez sim, quem sabe?) e que esta "refundação" não correrá muito melhor (ou talvez, quem diria???...)
- Desculpe!?... Política?!... Claro que estou a falar de Fado!... Agora, se acha que são compartimentos estanques, olhe, refunde-se! (ou como queira, "refade-se"!...)
E tenha um bom ano (que não há nada pior que viver sem esperança ... -Diga?... -Não, não é essa, a outra!...), um fabulástico 2014 encantado de bons Fados!
E não se esqueça que sempre haverá um qualquer Luiz atrás de uma Moita e que, por isso mesmo, é necessário caminhar com cautela, particularmente quando chove e o piso está escorregadio... :)
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